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GENEBRA, Suíça - Os indícios de que o vírus H5N1, da gripe aviária, está se tornando resistente ao remédio Tamiflu não são necessariamente um motivo de alarme, disse na quinta-feira uma importante autoridade da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Keiji Fukuda, um especialista da OMS para o programa mundial de combate à gripe, disse que um certo grau de resistência a qualquer tipo de remédio era inevitável e que o Tamiflu ainda continuava sendo a melhor opção de tratamento.

- No uso de qualquer tipo de medicamento, antivirais ou antibióticos, sempre haverá o desenvolvimento de alguma resistência. Encontrar algum grau de resistência não é algo necessariamente alarmante - afirmou Fukuda.

Mas ainda é preciso fazer mais pesquisas para descobrir a dose ideal e o tempo de tratamento mais apropriado para as pessoas contaminadas com o vírus letal, a fim de limitar a disseminação da resistência, acrescentou ele.

Uma pesquisa divulgada pela revista "New England Journal of Medicine" mostrou que a metade de um grupo de oito pacientes do Vietnã contaminados com o H5N1 morreu apesar do tratamento com o Tamiflu.

- Isso mostra que há a necessidade de termos mais informações. O que é realmente importanteé compreendermos de que forma a maneira como estamos usando o remédio contribui para isso (a resistência) - afirmou Fukuda.

Segundo o estudo, os testes mostraram que em dois pacientes o vírus havia se tornado resistente ao Tamiflu, um medicamento fabricado pela empresa suíça Roche. Para os outros dois mortos, o tratamento pode ter sido iniciado tarde demais.

O uso de doses pequenas demais ou por um período de tempo curto demais pode contribuir para o aparecimento da resistência, afirmou Fukuda, que ressaltou o fato de o estudo no Vietnã ter avaliado um grupo bastante reduzido.

- Temos de monitorar a situação para saber se a resistência vai se transformar ou não em um grande problema - disse.

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