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O maior sindicato de trabalhadores da Itália ameaçou neste sábado (24) uma onda de greves para protestar contra planos de abrir o mercado de trabalho que o governo diz que vai incentivar o investimento.

O plano tornaria mais fácil para as empresas contratarem e demitirem. Depois de buscar apoio da oposição e dos sindicatos e aliados de centro-esquerda, o governo tecnocrata na sexta-feira decidiu levá-lo ao parlamento, num processo que poderia demorar vários meses, em vez de passá-los por decreto.

Os sindicatos ficaram especialmente irritados com uma proposta que enfraquece a obrigação de as empresas voltarem a contratar trabalhadores se um tribunal decidir que foram injustamente demitidos, e permitir que os empregadores ofereçam uma compensação monetária quando enfrentarem dificuldades econômicas.

O partido de centro-esquerda Democrático (PD), que está historicamente ligado à CGIL e um dos principais apoiadores no parlamento do governo de Mario Monti, também prometeu alterar a medida.

O líder do PD, Luigi Bersani, disse que a chance de discutir o projeto de lei no parlamento deve ajudar a evitar tensões. A ministro do Trabalho Elsa Fornero disse numa conferência em Cernobbio que a reforma tornaria a estagnada economia da Itália mais atraente para os investimentos e aumentaria o emprego, pelo menos a partir de 2014.

Itália já está em recessão e o banco central espera que o PIB do país se contraia em pelo menos 1,2 por cento este ano.

Monti espera retomar o crescimento na economia da terceira maior economia da zona do euro através de reformas estruturais, mas enfrenta seu teste mais difícil na tentativa de enfraquecer as regras de proteção do trabalho garantidos pelos sindicatos na década de 1970.

Após um ciclo de fraco crescimento na última década, a Itália precisa de aumentar a produção para reduzir a dívida equivalente a 120 por cento do PIB.

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