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Dois dos maiores sindicatos turcos e três colégios profissionais anunciaram neste domingo a convocação de uma greve nacional para esta segunda-feira (17), em protesto contra a violenta expulsão de milhares de manifestantes do parque Gezi, próximo à Praça Taksin de Istambul.

Além da jornada de greve, a Confederação de Sindicatos Operários Revolucionários (DISK) e a Confederação de Sindicatos de Trabalhadores Públicos (KESK), assim como os colégios profissionais de médicos, engenheiros e arquitetos, anunciaram novas manifestações nas principais cidades do país.

De acordo com uma das organizações envolvidas nessa convocação, o protesto em questão se dirige "contra as agressões do AKP", o governamental Partido da Justiça e do Desenvolvimento (islâmico moderado), no poder desde 2002.

Esta é a segunda vez que estes dois sindicatos convocam uma greve - a primeira, de 36 horas, foi iniciada no último dia 4 de junho - em solidariedade com a onda de protestos que abala a Turquia há quase três semanas, a qual deixou quatro mortos e mais de 5 mil feridos.

"Nossos membros sairão às praças centrais das cidades nesta segunda-feira (17 de junho) para mostrar sua rejeição aos ataques (policiais). Vamos parar todas as atividades com exceção dos serviços de urgência", anunciava o comunicado conjunto, assinado pelas cinco organizações mencionadas, ao mesmo tempo em que reivindica "uma Turquia livre, igualitária e democrática".

O secretário-geral do KESK, Ismail Hakki Tombul, explicou ao jornal "Hürriyet Daily News" que os filiados de seu sindicato vão ao trabalho pela manhã para ler um comunicado e depois sairão à rua para protestar.

Embora o comunicado não utilize a expressão "greve geral", a manifestação deverá ter uma ampla repercussão, tendo em vista que um membro do KESK estimou que "centenas de milhares" de pessoas deverão sair às ruas para se manifestar amanhã, informou o jornal citado.

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