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Multidão nas ruas da cidade síria de Deir al-Zour, nesta terça-feira (1º) em apoio ao presidente Bashar al-Assad. A foto é da agência oficial de notícias do país | Sana/Handout/Reuters
Multidão nas ruas da cidade síria de Deir al-Zour, nesta terça-feira (1º) em apoio ao presidente Bashar al-Assad. A foto é da agência oficial de notícias do país| Foto: Sana/Handout/Reuters

A Síria anunciou nesta terça-feira (1º) ter chegado a um acordo com a Liga Árabe sobre um plano para sair da crise, mas a organização ainda não recebeu uma resposta formal de Damasco sobre suas propostas.

O governo sírio "e a Liga Árabe entraram em acordo sobre um documento final acerca da situação na Síria e o anúncio oficial será feito na sede central da Liga Árabe", nesta quarta-feira (2), informou a rádio estatal síria.

Mas o subsecretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Ben Helli, informou que as autoridades sírias ainda não comunicaram sua resposta ao plano destinado a acabar com a violência na Síria.

"O secretário-geral da Liga Árabe ainda não recebeu uma resposta oficial da Síria para o documento entregue pelo comitê ministerial" no domingo (31), declarou Ben Helli no Cairo, sede da Liga.

"Segundo minhas informações, a delegação síria dará sua resposta oficial amanhã (quarta-feira) durante a reunião" extraordinária do Conselho da Liga Árabe.

No domingo, uma delegação da Liga, liderada pelo Qatar, reuniu-se em Doha com o ministro sírio de Relações Exteriores, Walid Muallem, para apresentar um plano que prevê o fim "imediato" da violência, a retirada dos tanques das ruas da Síria e um diálogo com a oposição no Cairo.

O plano árabe prevê o "fim imediato" da violência e a "retirada dos tanques" para "transmitir uma mensagem tranquilizadora às ruas", explicou à AFP o líder da organização, Nabil al Arabi.

A medida também estipula "o início de um diálogo nacional, no Cairo, entre os líderes da oposição e do regime", revelou Arabi.

O primeiro-ministro do Catar, xeique Hamad bin Jassim al Thani, cujo país chefia o comitê ministerial, disse também que Assad precisa empreender reformas sérias para que a Síria evite mais violência.

Desconfiança

Muitos membros da oposição manifestaram desconfiança com as promessas de diálogo. "Nosso temor é de que esse acordo seja mais uma tentativa de dar ao regime uma nova chance de esmagar essa revolução e matar mais sírios", disse o ativista Omar Idlibi, acrescentando que a oposição ainda aguarda detalhes sobre o acordo. "Ele ajuda o regime sírio a permanecer no poder, ao passo que as exigências do povo são claras em termos de derrubar o regime e de sua inadequação até mesmo para comandar um período transitório", acrescentou.

3 mil mortos

A Organização das Nações Unidas (ONU) diz que mais de 3 mil pessoas já foram mortas na repressão governamental contra os protestos pró-democracia iniciados em março, que são parte da onda de rebeliões populares que ficou conhecida como Primavera Árabe. O governo diz que os distúrbios são causados por militantes armados e financiados por governos estrangeiros, e que 1.100 soldados e policiais já foram mortos.

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