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Soldados sírios bloquearam as praças públicas da cidade de Hama nesta quinta-feira, depois que moradores jogaram tinta vermelha simbolizando sangue no chão para marcar o 30º aniversário do massacre ordenado pelo pai do presidente Bashar al-Assad durante um levante contra seu governo.

O ato de desafio foi realizado no momento em que a Rússia advertiu que iria vetar qualquer resolução sobre a Síria que achasse inaceitável, deixando claro que quer evitar uma intervenção no estilo líbio contra a violenta repressão de Assad aos 11 meses de protestos em massa e insurreição armada.

A recente violência política na Síria deixou pelo menos 5.000 mortos, e ativistas dizem que as forças de Assad intensificaram as operações no país depois de aparentemente derrotar os rebeldes que aproximavam os combates da capital, Damasco.

Ativistas em Hama disseram que caminhões de bombeiro limparam a tinta do chão durante a noite. A matança perpetrada em 1982 pelo pai de Assad na cidade - centro de uma revolta islâmica contra ele - custou mais de 10.000 vidas.

"Eles querem enterrar as memórias e não querem que nos lembremos", afirmou um ativista da cidade, onde os moradores disseram que tanques bloquearam as praças principais para evitar protestos. "Mas não aceitaremos isso".

O aniversário do massacre de Hama acontece quando a Rússia se opõe às tentativas das Nações Unidas de aprovar uma resolução contra a Síria.Advertência da Rússia

O governo russo, que recebeu um esboço de resolução apoiado pela Liga Árabe, endossado por Washington e Paris, diz que o plano - que pede que Assad entregue os poderes a um vice - deveria descartar qualquer possibilidade de intervenção, e alertou que vetaria uma resolução "inaceitável". ]

Rússia e China, membros com poder de veto no Conselho de Segurança, se opõem a uma resolução ocidental condenando a repressão do governo sírio aos protestos.

Embaixadores do Conselho de Segurança da ONU se reuniram em Nova York na quarta-feira para discutir meios de superar as divergências sobre a resolução árabe-europeia, submetida aos membros do conselho pelo Marrocos na sexta-feira.

As negociações a portas fechadas terminaram sem um acordo final e serão retomadas nesta quinta-feira. O esboço será atualizado para refletir as discussões de quarta-feira.

Um diplomata do conselho presente ao encontro disse à Reuters que o enviado russo, Vitaly Churkin, reiterou aos membros do conselho que a expressão de apoio total para o plano da Liga Árabe no esboço atual era "inaceitável".

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