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Homem carrega um fardo de algodão depois de trabalhar em colheita no interior de Raqqa, região sul da Síria | Nour Fourat/Reuters
Homem carrega um fardo de algodão depois de trabalhar em colheita no interior de Raqqa, região sul da Síria| Foto: Nour Fourat/Reuters

Israel ataca uma base militar em território sírio

Aviões de guerra israelenses atacaram um alvo dentro da Síria na madrugada de ontem, afirmou uma fonte no governo dos Estados Unidos.

A fonte no governo norte-americano não dispunha de detalhes sobre o ataque, mas outra fonte no setor de segurança disse que o ataque teve como alvo um carregamento de mísseis russos na cidade portuária de Latakia.

Fontes citadas pelos canais de televisão Al-Arabiya e CNN disseram que o objetivo do bombardeio seria impedir que armas sofisticadas chegassem ao grupo xiita libanês Hezbollah.

Trata-se da segunda vez este ano que a aviação israelense ataca supostos carregamentos de mísseis dentro da Síria.

O governo israelense não confirma abertamente essas ações, embora o próprio primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tenha deixado claro em diversas ocasiões que ordenaria ataques caso armas sírias fossem direcionadas ao Hezbollah.

O governo sírio, por sua vez, não se pronunciou sobre o assunto até o momento.

Diplomacia

Secretário de Estado John Kerry viajará pelo Oriente Médio

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, vai viajar para o Oriente Médio na semana que vem para se encontrar com o rei da Arábia Saudita, Abdullah, e também com autoridades palestinas e israelenses para discutir a estabilidade na região, o Irã e outros assuntos. De acordo com o Departamento de Estado, além de ir a Riad (na Arábia Saudita), Jerusalém e Belém, Kerry fará paradas na Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Argélia e Marrocos ao longo de nove dias, de 3 a 11 deste mês. Além do Oriente Médio, a Polônia também está no itinerário. Kerry vai discutir assuntos bilaterais e regionais com Abdullah e o relacionamento dos EUA com a Arábia Saudita, dada a importância do trabalho entre nossos dois países em desafios compartilhados. A visita do principal diplomata dos EUA a Riad ocorre depois de uma rara queixa em público de importantes membros da família que governa a Arábia Saudita, as quais refletem a frustração do reino com os EUA pelo que consideram ser sua falta de ação em relação à Síria, o engajamento em diplomacia com o Irã e a frieza quanto ao governo militar no Egito.

Reuters

A Síria concluiu a destruição de equipamentos importantes para a produção de armas químicas e para o preenchimento de munições com gás venenoso, informou ontem a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).

O anúncio foi feito um dia antes do prazo final estabelecido pela organização, sediada em Haia, para que Damasco destruísse ou "inutilizasse" todas as instalações de produção e maquinário para a mistura de agentes químicos e preenchimento de munições.

A destruição desses equipamentos significa que a Síria já não pode produzir novas armas químicas. Mas Damasco ainda tem de começar a destruir seu atual arsenal desse tipo de armamento. Acredita-se que o país tenha cerca de 1 mil toneladas de químicos e armas, dentre elas gás mostarda e gás sarin.

Em comunicado, a OPAQ disse que sua equipe está "agora satisfeita com o fato de que verificou – e viu destruídos – todos os equipamentos declarados de produção e preenchimento", acrescentando que "novas atividades de inspeção não estão planejadas no momento".

A conclusão do estágio inicial de destruição é um marco significativo no ambicioso cronograma para a destruição de todas as armas químicas Sírias, previsto para terminar até meados de 2014.

No início desta semana, os inspetores haviam concluído a primeira rodada dos trabalhos de verificação, após visitar 21 dos 23 locais declarados por Damasco. Dois dos locais não puderam ser vistoriados por questões de segurança, o que destaca a natureza arriscada da missão de destruir o arsenal químico sírio em meio a uma guerra civil.

A OPAQ disse ontem que os dois locais não visitados estão, segundo a Síria, "abandonados e os itens relacionados ao programa de armas químicas foram transferidos para outros locais declarados, os quais inspecionamos".

A Síria apresentou um programa para a destruição total de armas químicas que tem de ser aprovado, no mês que vem, pelo comitê executivo da OPAQ. Num sinal do progresso da missão, um grupo de oito inspetores da entidade retornou ontem para a sede da organização.

"Em nome da Opaq, agradeço vocês e todos os nossos colegas da missão conjunta OPAQ-ONU que permanecem na Síria por seu extraordinário trabalho", disse o diretor-geral Ahmet Uzumcu em declarações divulgadas pela organização. "Saúdo a firmeza e a coragem que todos vocês demonstraram no cumprimento da mais desafiadora missão já empreendida por esta organização."

Intervenção

Em julho, fontes oficiais americanas afirmaram à imprensa internacional que Israel havia atacado um depósito de mísseis na região de Latakia. A ação não teria sido bem-sucedida em seu objetivo estratégico, razão pela qual uma segunda tentativa de intervenção era esperada ali.

Itinerário

Arábia Saudita, Israel, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Argélia e Marrocos fazem parte do itinerário de Kerry durante a viagem de nove dias, de 3 a 11 de novembro

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