• Carregando...
Imagens de crianças desnutridas na cidade síria Madaya divulgadas por médicos de associação americana | Reprodução/Syrian American Medical Society
Imagens de crianças desnutridas na cidade síria Madaya divulgadas por médicos de associação americana| Foto: Reprodução/Syrian American Medical Society

O regime sírio concedeu nesta quinta-feira (7) permissão à ONU (Organização das Nações Unidas) para entregar ajuda humanitária à cidade de Madaya, na periferia de Damasco, e a outras duas cidades sitiadas pelo Exército.

LEIA TAMBÉM: Guerra na Síria provoca primeira retirada de sementes de silo do “apocalipse” no Ártico

Fome na Síria

Vídeo divulgado por associação de médicos americanos na Síria mostra crianças que estão sem comer há vários dias na cidade síria de Madaya. O local está cercado por tropas do ditador Bashar Assad.

+ VÍDEOS

Dominadas por rebeldes contrários ao ditador Bashar al-Assad, as localidades deixaram de receber comida e remédios há semanas. A situação é pior em Madaya, onde seus 42 mil habitantes não recebem ajuda desde 18 de outubro.

Em nota, a missão da ONU na Síria afirmou ter recebido informações de mortes por inanição na cidade e de dezenas de pessoas desnutridas. A coordenação da missão informou que está preparada para entregar a ajuda nos próximos dias.

Além de Madaya, a missão humanitária ainda entregará suprimentos às cidades de Fua e Kafraya, cidades no norte da Síria também dominadas por rebeldes. No comunicado, a ONU voltou a pedir acesso irrestrito às zonas sitiadas.

Dentre as cidades citadas pela organização como preocupantes, está a cidade de Deir Ezzor, com 400 mil habitantes. Apenas 10% das solicitações da ONU para entrega de ajuda humanitária foram atendidas pelo governo em 2015.

DESESPERO

Ativistas afirmam que a situação da população em Madaya é de desespero. O Observatório Sirio de Direitos Humanos, sediado em Londres, disse que um quilo de pão era vendido por até US$ 300 (R$ 1.215) na cidade.

“Muitos habitantes comem plantas para sobreviver ou precisam pagar quantias elevadas nos postos governamentais para obter comida”, explica Rami Abdel Rahman, diretor da organização.

Rahman afirma que cerca de 1.200 habitantes da cidade sofrem com doenças crônicas e mais de 300 crianças estão desnutridas e com outros problemas de saúde devido à falta de comida.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]