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A Síria recorreu nesta sexta-feira à comunidade internacional, especialmente aos países árabes, para encontrar uma "saída honrosa" à crise que enfrenta, particularmente ao não enviar armas ao país.

"Estamos recorrendo ao mundo externo e a nossos irmãos do mundo árabe para ajudar a Síria (a evitar a) canalização de armas" para o país, disse o porta-voz do ministro sírio das Relações Exteriores, Jihad Makdisi, em uma conferência de imprensa em Damasco.

"Queremos que os outros, todos os outros, apoiem a evolução síria, não o confronto com a Síria", declarou. "Se todos trabalharmos juntos, podemos encontrar uma saída honrosa para a crise".

Makdisi convocou a conferência de imprensa para denunciar a rede de notícias americana ABC, que esta semana transmitiu uma entrevista com o presidente Bashar al-Assad. "A rede distorceu o que o presidente disse".

A ABC "deformou deliberadamente as palavras do presidente ao transmitir vídeos (de violência) para incitar" a ação contra a Síria, disse o porta-voz. "Foi um erro deliberado".

Makdisi afirmou que a ABC editou a entrevista que Assad concedeu à jornalista Barbara Walters e transmitiu apenas o que queriam que o mundo ouvisse, cortando longos trechos da fala do presidente. "O importante era mostrar a Síria como o mal" e acrescentou: "A batalha é política, sabemos".

Na entrevista à ABC, Assad negou ter ordenado o assassinato de manifestantes na Síria e disse que "apenas uma pessoa louca" atacaria seu próprio povo. Ele também discordou das declarações da ONU sobre as mortes de mais de quatro mil pessoas desde meados de março.

O porta-voz do ministro das Relações Exteriores mostrou parte da entrevista que foi trasmitida pela ABC e a gravação original para provar a edição.

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