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Soldado israelense observa jipe das Nações Unidas atravessando a fronteira de Quneitra, entre Síria e Israel, na região das Colinas de Golã | Baz Ratner/Reuters
Soldado israelense observa jipe das Nações Unidas atravessando a fronteira de Quneitra, entre Síria e Israel, na região das Colinas de Golã| Foto: Baz Ratner/Reuters

Histórico

Enquanto bombardeios não são confirmados, sobram ameaças

Apesar das divergências políticas, Israel e Síria tiveram poucos ataques oficiais desde a Guerra do Yom Kippur, em 1973, quando foram ocupadas as Colinas de Golã. No mesmo ano, o pai de Bashar Assad, Hafez, assumiu a presidência do país.

Em 2007, Israel invadiu território sírio e bombardeou uma suposta instalação nuclear, mas não houve retaliação de Damasco. Desde então, a situação entre os dois países é tranquila, apesar do conflito entre Assad e a oposição.

Há dois meses, no entanto, houve um bombardeio vindo da Síria que atingiu o território de Israel. Porém, não se sabe se as armas que chegaram vieram do regime sírio ou de rebeldes, que são hostis aos israelenses. Na ocasião, Israel disparou tiros de alerta.

Dois aliados do regime sírio, o Irã e a Rússia, também ameaçaram com retaliações a Israel caso o ataque se confirme. A agência iraniana Fars informou que o vice-chanceler, Amir Abdollahian, disse que a ação na Síria significa uma ameaça a Tel Aviv e chamou o ataque de "agressão brutal".

Forças de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) localizadas em uma zona desmilitarizada entre Síria e Israel, foram incapazes de verificar a acusação do regime sírio de que caças israelenses teriam voado as Colinas de Golã, disse um porta-voz do secretário-geral, Ban Ki-moon.

Diplomatas, rebeldes sírios e fontes regionais de segurança afirmaram na quarta-feira que aviões militares de Israel bombardearam um comboio próximo à fronteira com o Líbano, aparentemente atingindo armamentos destinados ao grupo radical islâmico libanês Hezbollah.

O regime sírio negou tais relatos, dizendo que o alvo do ataque aéreo havia sido um centro de pesquisa militar a nordeste de Damasco. O governo diz que duas pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas na ação.

Diplomatas americanos, no entanto, sustentam a primeira versão, que envolve o Hezbollah. Israel não confirma o ataque e não se pronunciou sobre o assunto.

O embaixador sírio no Líbano, Ali Abdul Karim Ali, disse que o país pode tomar "uma decisão surpresa" contra o suposto ataque. "O país está comprometido em defender sua soberania e seu território", afirmou.

De acordo com Damasco, Israel violou o acordo que proíbe ações militares nas Colinas de Golã, que firmou a paz entre os dois países.

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