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Um site francês de pornografia e de brinquedos adultos quer agora vender sexo a investidores e pode tornar-se a primeira empresa da indústria pornográfica a ter ações cotadas em bolsa de valores na França. O DreamNex afirma que é o maior site de comércio eletrônico dedicado à indústria do fetiche na França. Ao lançar ações em Paris, o site espera ampliar sua linha de produtos para uma audiência internacional.

"Uma mudança de mentalidade, a aceitação de brinquedos adultos e a chegada da banda larga impulsionaram nosso crescimento'', disse o presidente-executivo do site, Patrice Macar, em comunicado na sexta-feira.

No pedido para ter suas ações listadas na bolsa, a companhia se descreve como líder do mercado em "entretenimento e produtos de alta classe e boa qualidade''.

Entre os itens à venda junto com vídeos pornográficos no site da companhia estão o "Vibro Flower Power'', o "Love Muscle Massager'' e o baralho "Kamasutra''.

Criado em 1999, o DreamNex afirma que teve lucro operacional de 5 milhões de euros no ano passado com vendas de 34 milhões de euros. Os resultados incluem um encargo de 960 mil euros por conta de erros de contabilidade.

Em seu pedido ao órgão que regula o mercado acionário francês, o site quer demonstrar que apesar de sua imagem de nação dos amantes, a França tem muito a aprender em termos de dispositivos de prazer.

Somente 20% das mulheres francesas têm um vibrador, ante quase 50% nos Estados Unidos, informa a companhia nos documentos apresentados ao citar o levantamento ''Durex Global Sex 2004''. Isso significa maiores chances de crescimento de lucro, afirma a empresa.

Entretanto, a sedução dos lucros prometidos não é garantia de apelo entre os investidores.

A maior operadora de sexshops da Europa, a alemã Beata Uhse, que abriu seu capital em 1999 obtendo 13 euros por ação, viu o valor de seus papéis cair 25% no ano passado, para 4,75 euros. A empresa emitiu um alerta de lucro depois que seu depósito foi atingido por enchente.

Em 2002, a empresa espanhola de pornografia Private Media desistiu de planos para emissão de ações em Frankfurt quando investidores institucionais resistiram à tentação representada pelas ações da companhia.

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