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WikiLeaks ganha espaço político

O site WikiLeaks conseguiu concretizar o sonho de seus fundadores ao revelar ao mundo 92 mil documentos secretos norte-americanos sobre a guerra no Afeganistão. Em menos de 48 horas, a organização sem fins lucrativos, que já havia divulgado outras informações e vídeos sensíveis no passado, se transformou em um importante ator político nos Estados Unidos.

O australiano Julian Assange, um dos controladores do WikiLeaks, celebrava o resultado do vazamento dos documentos, comparando-os aos papéis do Pentágono, que foram tornados públicos em 1971 e alteraram de forma definitiva a forma como os norte-americanos enxergavam a Guerra do Vietnã.

Fundada há três anos, a organização opera de uma forma similar à Wikipédia em alguns pontos. Há colaboradores espalhados pelo mundo. O site tampouco visa ao lucro. Pessoas com documentos importantes podem baixar tudo no site.

Veja a íntegra dos documentos no site www.wikileaks.org/wiki

Após a divulgação de 91 mil do­­cumentos secretos do Exército dos Estados Unidos sobre a guerra no Afeganistão, o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, prometeu ontem publicar mais 15 mil documentos secretos inéditos sobre o conflito.

Em Londres, Assange disse aos jornalistas que o que já foi divulgado sobre o vazamento é "apenas o começo", e que cerca de 15 mil documentos ainda não foram publicados no site.

Ele afirmou ainda que "milhares" de ações americanas no Afe­­ganistão poderiam ser investigadas devido a indícios de crimes de guerra, mas que as acusações te­­riam de ser comprovadas na Jus­­tiça.

Assange disse ainda que há evidências de acobertamento de mor­­­­tes de civis, e apontou para um "suspeito" número alto de mortes que as forças dos EUA atribuem a balas perdidas.

Os documentos cobrem alguns aspectos conhecidos dos nove anos de conflito: operações das forças especiais dos EUA contra insurgentes sem julgamento, afegãos mortos por acidentes e a indignação de autoridades americanas devido à suposta cooperação do serviço de inteligência paquistanês com grupos insurgentes que atuam no Afeganistão.

Os papéis também descrevem incidentes desconhecidos anteriormente sobre mortos de civis e operações secretas contra líderes do Taleban.

Danos

O Departamento de Defesa dos EUA anunciou ontem que irá averiguar os danos causados pelo vazamento dos documentos se­­cretos sobre o Afeganistão.

Dave Lapan, porta-voz do De­­partamento de Defesa, disse que o Exército deve levar "alguns dias, senão semanas" para revisar todos os documentos e determinar o "risco potencial" para as vidas dos americanos e seus parceiros da coalizão em serviço no país.

O Exército deteve Bradley Man­­ning, ex-analista de inteligência militar dos EUA em Bagdá, tido como suspeito pela divulgação de informações confidenciais.

No entanto, os mais recentes documentos que vazaram podem ter vindo de "qualquer pessoa que tenha acesso a informações confidenciais", segundo Lapan.

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