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O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) denunciou nesta quarta-feira a deterioração das condições de crianças e adolescentes hondurenhos desde o golpe de Estado de 28 de junho, que derrubou o presidente Manuel Zelaya.

O Unicef disse em comunicado que documentou ao menos 79 casos de crianças e adolescentes que tiveram direitos violados em ações repressoras como morte, maus-tratos e uso abusivo da força.

A agência disse também que mais de 1,8 milhão de crianças das escolas públicas perderam o ano acadêmico. Os professores estão entre os mais ativos manifestantes contra o golpe, que desatou marchas que deixaram vários mortos.

Honduras está mergulhada em uma crise política há quatro meses, desde que militares derrubaram o presidente Manuel Zelaya, acusando-o de violar a Constituição.

"Os serviços sociais não estão funcionando", disse à Reuters por telefone Sergio Guimarães, representante do Unicef em Honduras.

Guimarães afirmou que o sistema sanitário está à beira do colapso e que há problemas com o abastecimento.

Em Honduras, o terceiro país mais pobre da América Latina, morrem cerca de 13 crianças por dia.

Segundo o Unicef, a crise política agravou os problemas estruturais do país.

"Quando os adultos entram em conflito e desatam ações violentas entre si, são as meninas e o meninos que pagam o preço mais alto por esses desatinos", concluiu o comunicado.

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