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Visão aérea da usina nuclear de Fukushima Daiichi, em Fukushima |
Visão aérea da usina nuclear de Fukushima Daiichi, em Fukushima| Foto:

Governo tem linha para informação de parentes no Japão

O Núcleo de Atendimento a Brasileiros (NAB), que está em contato com a rede consular no Japão, colocou linhas de atendimento à disposição do público: (61) 3411-6752/6753/8804, das 8h às 20h, e (61) 3411-6456, das 20h às 8h e nos finais de semana. Consultas poderão também ser dirigidas ao endereço eletrônico dac@itamaraty.gov.br.

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Informações

Na página do Consulado-Geral do Brasil em Tóquio há telefones de contatos disponibilizados para os brasileiros buscarem informações sobre parentes no Japão.

Uma ferramenta do Google ajuda na troca de informações sobre familiares que não conseguem comunicação com pessoas que estão no Japão. No Person Finder, qualquer pessoa pode dar e pedir informações sobre o estado de saúde e localidade de uma possível vítima da tragédia. O site, em inglês e japonês, é colaborativo e possui uma base de dados que procura nomes dos moradores.

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A situação na usina japonesa de Fukushima Daiichi permanece crítica, mas "razoavelmente estável" na quinta-feira, sem grande piora em relação ao dia anterior, segundo um alto funcionário da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU).

"Não piorou, o que é positivo", afirmou Andrew Graham, assessor do diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, em entrevista coletiva. "A situação continua muito grave, mas não houve piora significativa desde ontem."

Andrew, no entanto, alertou que "ainda é possível que ela possa ficar pior".

Apesar da crise no Japão, Andrew disse que a indústria nuclear, em geral, tem um "ótimo histórico de segurança", embora os riscos não possam ser reduzidos a zero. "Até hoje não tenho ciência de que alguém tenha morrido nesse acidente. Isso não é para parecer complacente, estamos longe disso."

Helicópteros militares e caminhões de bombeiros jogaram água na quinta-feira sobre a superaquecida usina, e a empresa operadora disse que uma parte do complexo seria reativada para acionar bombas de água, numa tentativa desesperada de evitar uma catástrofe.

Andrew disse que a situação nos reatores 1, 2 e 3, danificados por causa do terremoto de sexta-feira no Japão, parece relativamente estável, depois do uso da água do mar para refrigerar essas três unidades.

Já o reator número 4 continua sendo motivo de "grande preocupação", disse Andrew, acrescentando que não há informações disponíveis sobre o nível de água na piscina de resfrigeração do combustível usado. Nos reatores 5 e 6 o nível de água também tem diminuído, segundo ele.

A principal autoridade nuclear dos EUA disse que a piscina do reator número 4 pode ter secado, que outro tanque poderia estar vazando, e que o nível de radiação ao redor altíssimo.

CRÍTICA "INJUSTA"

Os técnicos tentavam conectar um cabo de energia de 1 quilômetro desde a rede principal para religar as bombas de água que poderiam resfriar o reator número 2, onde não há as barras de combustível usadas, que são consideradas o maior risco de contaminação radiativa da atmosfera.

A AIEA - que tem como tarefa promover a utilização segura da energia nuclear - disse em nota divulgada após a entrevista coletiva de Andrew que o Japão informou ter conseguido instalar o cabo de alimentação para a unidade número 2.

"Eles planejam reconectar a energia da unidade 2 assim que a pulverização de água no prédio do reator da unidade 3 for concluída", disse o texto.

Andrew declarou que a AIEA vinha recebendo regularmente informações sobre o grau radiativo em 47 cidades japonesas, e que não houve mudanças significativas nos níveis de radiação em Tóquio desde quarta-feira.

"Eles permanecem bem abaixo dos níveis que são perigosos para a saúde humana", disse Andrew.

Mas, em algumas localidades num raio de 30 quilômetros em torno da usina, os índices de radiação cresceram significativamente nas últimas 24 horas.

Andrew também descreveu como "injustas" as acusações feitas por um especialista russo de que a AIEA, assim como as corporações, estariam ignorando as lições do acidente de Chernobyl, ocorrido há 25 anos, a fim de proteger a expansão da indústria.

O funcionário da AIEA disse que a energia nuclear tem um histórico "invejável" de segurança, mas "como sempre você nunca consegue reduzir os riscos a zero".

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