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"As coisas aqui na Índia já são difíceis. Acontece uma coisa assim, assusta mesmo. Estou presa dentro de casa. Com a violência perto, da vontade de largar tudo e ir embora", diz a brasileira Viviane Oliveira | Reprodução
"As coisas aqui na Índia já são difíceis. Acontece uma coisa assim, assusta mesmo. Estou presa dentro de casa. Com a violência perto, da vontade de largar tudo e ir embora", diz a brasileira Viviane Oliveira| Foto: Reprodução
  • A brasileira Caroline Martins Alcamin com crianças indianas em Bombaim

Brasileiras que moram em Bombaim passaram o dia em casa assustadas com a série de ações de terroristas que mataram mais de 120 pessoas e mantêm reféns em hotéis da maior cidade da Índia. Morando há nove meses sozinha na Índia, a modelo Caroline Martins Alcamin, de 21 anos, estava perto do local mais atingido pelos atentados e, com medo, decidiu passar a noite na casa de uma amiga. Ela contou, por telefone, que teve dificuldade para dormir ao som de tiros e bombas.

"Estava numa sessão de fotos e tudo parou quando o ataque começou. Ficou aquele pânico. Era todo mundo telefonando, querendo saber onde estavam os outros. Foi muito estranho", lembrou Caroline, nascida no Mato Grosso do Sul. "Todo mundo está bem apavorado, até os indianos. Não sei quanto tempo isso vai durar, mas a expectativa de todo mundo aqui é de que vai piorar. Os terroristas vieram em massa. Eram amais de 20", acrescentou.

A brasileira teme que o preconceito com estrangeiros aumente, já que eles seriam o principal alvo dos atentados. Ela diz, entretanto, que a principal preocupação na cidade é com dois terroristas que teriam escapado do cerco policial. Sob toque de recolher, as ruas do centro da capital financeira da Índia ficaram vazias.

"Costumo levar cerca de duas horas para vir do centro até minha casa e hoje levei 20 minutos. Só tem mendigos e cachorros nas ruas, além dos policiais e de uma ou outra pessoa que precisou sair", contou ela, que voltou pra casa de manhã.

A carioca Vivianne Simões de Oliveira, de 31 anos, mora há um ano numa área distante do centro de Bombaim, onde aconteceram os ataques, mas mesmo assim foi acordada por brasileiros que deram a notícia e queriam saber se ela e o marido estavam bem.

Vivianne contou também que pais de uma amiga estavam no hotel Taj Mahal no momento dos ataques. Segundo a brasileira, eles contaram que os terroristas levaram os reféns para um sótão e pediram os passaportes dos turistas, à procura de britânicos e americanos. Horas depois, a situação parecia ter sido contornada, quando foram ouvidas novas explosões vindo de dentro do hotel.

"Está tudo complicado", contou Vivianne, que se mudou para a Índia para acompanhar o marido, funcionário de uma multinacional. "As coisas aqui na Índia já são difíceis. Acontece uma coisa assim, assusta mesmo. Estou presa dentro de casa. Com a violência perto, da vontade de largar tudo e ir embora", disse.

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