O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou ontem o Plano de Energia Limpa, o mais ambicioso do país até hoje, para enfrentar as mudanças climáticas. O pacote inclui o corte de 32% na emissão de carbono por usinas termelétricas até 2030 em comparação com os níveis de 2005.
O plano incentiva o uso de fontes de energia renovável, como a solar e a eólica, em substituição ao uso de combustíveis fósseis. As usinas deverão aumentar de 22% para 28% a parcela de fonte de energia limpa empregada. Cada estado terá metas específicas.
Legado e oposição
O plano é mais um passo de Obama para deixar um legado após seus dois mandatos e deverá pautar a campanha presidencial de 2016. O democrata terá de enfrentar a oposição do Partido Republicano, que vai estimular líderes estaduais e a iniciativa privada a inviabilizar o pacote de medidas.
A oposição articula uma ação coletiva contra as metas impostas pelo governo federal que incluiria 25 unidades federativas, segundo o jornal “The New York Times”. O partido vai orientar governadores a não acatarem as normas e terá apoio da indústria tradicional, que poderá ser taxada pela emissão de poluentes.
Se sobreviver aos processos judiciais, o plano poderá causar o fechamento de centenas de usinas movidas a carvão e a suspensão da construção de unidades.
A Casa Branca prevê incentivos aos estados que adotarem o mercado de carbono — indústrias que emitirem menos poluentes que o previsto venderiam sua cota a indústrias que emitem acima do permitido.
A Casa Branca já havia anunciado metas conjuntas com a China em 2014 e com o Brasil no mês passado. O tema será tratado durante a visita do papa Francisco aos EUA, em setembro.
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