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O número de mortos por um surto de ebola em Uganda subiu nesta quarta-feira (1º) para 16, depois que o Ministério da Saúde nacional confirmou a morte de mais duas pessoas.

Segundo os dados fornecidos pelo governo, uma das vítimas era um doente do hospital de Kagadi, no distrito de Kibale, no oeste de Uganda, enquanto a outra havia sido internada recentemente no mesmo centro médico e se foi mantida isolada.

"O Ministério da Saúde quer informar ao público de duas novas mortes que se documentaram ontem no hospital público de Kagadi, no distrito de Kibale", informa o comunicado.

"A primeira vítima era uma mulher que teve resultado positivo nos exames de ebola, enquanto a outra era um novo paciente que havia sido isolado", detalha.

No entanto, neste último comunicado, o governo não informou sobre as quatro mortes divulgadas pelo jornal governamental ugandense "New Vision" e que, segundo o veículo, aconteceram em uma mesma família nos dois últimos dias.

O Ministério da Saúde informou ainda que acompanha e controla 176 pessoas que estiveram em contato com os doentes e mortos.

Por sua vez, os doentes que estão isolados em uma unidade do hospital de Kagadi iniciaram nesta quarta-feira um violento protesto e asseguraram não ter recebido alimentos em vários dias, após o que ameaçaram voltar a seus lares.

"Preferimos voltar para casa antes que morramos de fome em um hospital", disse um dos doentes à imprensa.

Membros da Polícia ugandense foram ao hospital com o delegado do distrito pedir calma aos doentes, e conversaram com eles vestidos com roupas protetoras.

"O Ministério pode assegurar à população que a epidemia está sendo controlada. O povo deve seguir alerta, mas sem medo ou pânico desnecessário", assegurou o governo ugandense.

Por sua vez, o Quênia, país vizinho da Uganda, decretou na segunda-feiraum alerta vermelho nas províncias próximas do território ugandense e obrigou as autoridades dessas regiões a informar imediatamente sobre qualquer caso suspeito.

A organização de ajuda humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) enviou para o oeste de Uganda uma equipe especializada em situações de emergência para tentar conter o ebola, que segundo os últimos registros, afeta neste momento cerca de 20 pessoas.

Desde o início do século, este é o quarto surto da doença confirmado em Uganda, sendo que o mais grave foi em 2000, quando morreram 170 pessoas, incluindo o diretor do hospital de Lachor, doutor Matthew Lukwiya, que contraiu a doença por contágio de seus pacientes.

Em 2007, outro foco no distrito ocidental de Bundibugyo, de 149 supostos infectados, ao menos 37 pessoas morreram.

O ebola é uma febre hemorrágica transmitida por contato direto com o infectado e pode ser contraída pelo sangue, fluidos corporais ou simplesmente ao usar roupa de uma pessoa contagiada.

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