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Em comunicado, a direção do Partido Socialista Francês (PS) anunciou nesta terça-feira (9) a decisão unânime de expulsar o ex-ministro do Orçamento Jérôme Cahuzac, que mentiu sobre a existência de uma conta bancária na Suíça não declarada. "A direção nacional reunida hoje anuncia sua expulsão do Partido Socialista", informou o comunicado. "Em vista dos atos inaceitáveis para um representante da República e membro do governo, a posse de uma conta oculta no exterior para fraudar o fisco e suas mentiras ao presidente da República, à representação nacional e aos franceses, Jérôme Cahuzac causou graves danos ao Partido Socialista e seus princípios", de acordo com o texto.

O secretário do PS, Harlem Désir, afirmou na segunda-feira que seria "totalmente insano" se Cahuzac, que renunciou ao seu posto no governo em 19 de março, retomasse seu cargo de deputado na Assembleia Nacional, apesar de ter esse direito.

"Não pode voltar para esta assembleia, na qual mentiu de forma tão flagrante, cínica", disse a um canal de TV francês.De acordo com pesquisa realizada pela Ifop-Paris divulgada hoje, a popularidade de Cahuzac afundou em abril, com apenas 12% de opiniões favoráveis ao ex-ministro, o que o deixou em último lugar no ranking de personalidades políticas francesas.

O governo francês informou também na segunda que publicará antes de 15 de abril o patrimônio de todos seus ministros.

O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, disse em comunicado que a iniciativa foi uma promessa do presidente da França, François Hollande, que anunciou na semana passada que seriam adotadas medidas de transparência após o caso Cahuzac.

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