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Soldados americanos bloquearam estradas que dão acesso a pelo menos 22 embaixadas ocidentais neste domingo (4), depois de uma advertência dos Estados Unidos de um possível grande ataque terrorista | EFE/EPA/YAHYA ARHAB
Soldados americanos bloquearam estradas que dão acesso a pelo menos 22 embaixadas ocidentais neste domingo (4), depois de uma advertência dos Estados Unidos de um possível grande ataque terrorista| Foto: EFE/EPA/YAHYA ARHAB

Ameaça de ataque da al Qaeda é a mais grave em anos

A suspeita de um possível ataque da al Qaeda que levou ao fechamento de embaixadas dos Estados Unidos no Oriente Médio, no domingo, é a mais grave em anos, e a comunicação entre os suspeitos de terrorismo é reminiscente do período que precedeu os ataques de 11 de Setembro, disse um parlamentar norte-americano com informações dos serviços de Inteligência.

O Departamento de Estado norte-americano fechou 21 embaixadas e consulados e emitiu um alerta de viagens informando norte-americanos de que a al Qaeda pode estar planejando ataques em agosto, especialmente no Oriente Médio e Norte da África. "Há uma enorme quantidade de conversas lá fora", disse o senador Saxby Chambliss, principal republicano no Comitê de Inteligência do Senado, no programa da NBC "Meet the Press".

Ele disse que as comunicações monitoradas eletronicamente entre os suspeitos de terrorismo sobre o planejamento de um possível ataque "lembram muito do que vimos antes do 11 de Setembro."

A ameaça também levou alguns países europeus a fechar suas embaixadas no Iêmen, onde um braço da Al Qaeda se baseia. "Esta é a mais séria ameaça que eu vi nos últimos anos", disse Chambliss.

Uma autoridade do serviço de inteligência dos Estados Unidos disse à Reuters que houve discordância dentro da comunidade de inteligência sobre se o alvo em potencial seria o Iêmen ou a região de forma mais ampla, razão pela qual o alerta do Departamento de Estado descreveu que um ataque " pode ocorrer na Península Arábica ou emanar dela."

A informação sobre a ameaça também vem às vésperas da celebração do Eid no final do mês sagrado muçulmano do Ramadã, no final desta semana, e pouco mais de um mês antes do aniversário do 11 de Setembro, ocorrido em 2001.

Soldados bloquearam estradas que dão acesso a pelo menos 22 embaixadas ocidentais neste domingo (4), depois de uma advertência dos Estados Unidos de um possível grande ataque terrorista no Oriente Médio, que levou ao fechamento de muitas missões diplomáticas no Iêmen e missões dos EUA em vários outros países árabes. A segurança no Iêmen, que abriga a ala mais ativa da al Qaeda, se tornou uma preocupação global, assim como nos países Península Arábica ao longo da fronteira com a Arábia Saudita, um aliado dos EUA e maior exportador de petróleo do mundo.

Nos distritos do leste de Sanaa, soldados iemenitas fecharam estradas ao redor das embaixadas britânica e dos EUA, disseram testemunhas, permitindo que apenas os moradores passassem após verificações rigorosas. Tropas com rifles automáticos faziam a segurança do lado de fora da embaixada francesa. "Há um alto nível de coordenação com o lado americano, e foram tomadas estas medidas devido a temores de ataques da al Qaeda", disse um oficial da segurança iemenita.

A embaixada francesa foi fechada no domingo, seguindo o exemplo da Grã-Bretanha e Alemanha, que fecharam suas missões depois que os Estados Unidos informaram que estavam fechando mais de uma dúzia de missões no Oriente Médio e na África.

A segurança também foi reforçada ao redor do Palácio Presidencial, em Sanaa, bem como perto da embaixada saudita no centro da capital do Iêmen, causando grandes engarrafamentos.

Carta interceptada fez EUA fecharem embaixadas e consulados

Uma carta que circulou entre líderes da al-Qaeda foi interceptada e gerou o alerta dos EUA sobre um possível ataque de extremistas a sedes diplomáticas no Oriente Médio e Norte da África. A informação foi obtida pela CNN, citando uma autoridade americana que falou sob condição de anonimato. Segundo a emissora, a mensagem continha planos de ataques que, combinados com o término do mês sagrado do Ramadã e com a fuga massiva de detentos na região, contribuíram para a decisão de fechar as sedes diplomáticas.

Reino Unido, Alemanha e França também selaram as portas de suas embaixadas e consulados no Iêmen neste domingo. A TV árabe al-Jazeera afirma que a Holanda também fechou sua representação no país. Especula-se que a medida seja mantida na segunda-feira e até pelo resto da semana. O governo iemenita enfrenta uma resistente presença de extremistas ligados a al-Qaeda, que aproveitaram as manifestações da Primavera Árabe e a queda do ditador Ali Abdullah Saleh para crescer no interior do país.

Ainda de acordo com a al-Jazeera, o Canadá também indicou que iria fechar sua embaixada em Daka, capital de Bangladesh.

Foram fechadas preventivamente a embaixada e os dois consulados americanos no Iraque e Arábia Saudita, assim como a embaixada e o consulado nos Emirados Árabes Unidos e as embaixadas na Líbia, Iêmen, Argélia, Jordânia, Egito, Djibuti, Bangladesh, Catar, Afeganistão, Sudão, Kuwait, Barein, Omã e Mauritânia.

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