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Londres – Os 550 soldados britânicos que continuavam posicionados na cidade de Basra começaram ontem a se retirar de sua base, instalada em um palácio da localidade, divulgou a rede britânica BBC.

Os soldados seguem para o aeroporto desta localidade, onde está a maior parte das forças britânicas que permanecem no território iraquiano, diz a fonte.

Um porta-voz do número dez de Downing Street, a residência oficial do primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, indicou que a retirada fazia parte do processo atual de transferência para as Forças de Segurança iraquianas.

O Reino Unido tem um contingente de 5.500 soldados no Iraque, mas no fim do ano reduzirá esse número para 5 mil.

Basra é a última das cinco províncias iraquianas sob controle britânico no sul do país árabe que dever ser transferida para as autoridades iraquianas, embora as tropas britânicas possam manter um papel de supervisão.

A retirada do Palácio de Basra pode aumentar a pressão sobre Brown para que anuncie um calendário de retirada das tropas do Iraque, algo que se negou até agora, e aumentar a tensão entre Reino Unido e Estados Unidos sobre os próximos passos no país árabe.

Dois generais britânicos criticaram a estratégia de pós-guerra feita pelos EUA no Iraque e o Partido Conservador britânico pediu "uma investigação aprofundada" sobre a maneira pela qual administrou o conflito e sua fase posterior.

O porta-voz da Defesa, Liam Fox, do Partido Conservador – o principal da oposição britânica – assegurou ontem que a retirada do Palácio de Basra não era "um passo inesperado" e pediu que o Governo aumente a segurança durante a operação para que nenhum militar corra nenhum risco.

O líder liberal-democrata, Menzies Campbell, disse que "a inevitável retirada do centro de Basra ressalta a inutilidade da contínua presença britânica no Iraque".

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