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Dois soldados americanos foram presos na ilha de Okinawa, no sul do Japão, sob suspeita de estuprar uma mulher japonesa, informou a polícia nesta quarta-feira (17), num caso que poderia voltar a tensionar os laços de Tóquio com seu aliado mais próximo, Washington.

As prisões ocorreram no momento em que a opinião pública em Okinawa está em desacordo com Tóquio por permitir a implantação pelos EUA da aeronave híbrida Osprey na ilha, apesar das preocupações persistentes sobre a sua segurança.

As prisões de terça-feira (16) também coincidem com uma acentuada deterioração nas relações do Japão com a China sobre a disputada cadeia de ilhas do Mar da China Oriental que o torna estrategicamente importante para Tóquio para reafirmar sua aliança com os Estados Unidos.

Okinawa é um importante centro para os militares dos EUA baseados no Japão.

A tensão sobre as bases norte-americanas em Okinawa se intensificou após o estupro de uma estudante japonesa de 12 anos em 1995 por três militares norte-americanos. O caso provocou protestos generalizados por moradores de Okinawa, que há muito se ressentiam da presença norte-americana, devido a crimes, barulho e acidentes fatais.

"Eu sinto forte raiva e indignação", disse o ministro da Defesa japonês, Satoshi Morimoto, ao governador de Okinawa, Hirokazu Nakaima, que descreveu o incidente como "loucura".

"Vou pressionar os Estados Unidos por medidas para implantar uma disciplina mais rigorosa", disse Morimoto.

O embaixador dos EUA para o Japão John Roos disse em um comunicado que seu governo estava extremamente preocupado com o incidente e se comprometeu a cooperar plenamente com as autoridades japonesas em sua investigação.

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