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Vila perto de Ladakh, território disputado por Índia e China| Foto: Noemi CASSANELLI / AFP

Pelo menos 20 militares indianos morreram nesta terça-feira (16) em um confronto com tropas chinesas em Ladakh, na região da Caxemira, informou o exército da Índia, segundo a imprensa local. Anteriormente, os oficiais haviam informado três mortes.

"Tropas indianas que foram gravemente feridas no cumprimento do dever em local isolado e expostas a temperaturas abaixo de zero no terreno de grande altitude sucumbiram aos ferimentos, elevando o total de mortos em ação para 20", declarou o Exército Indiano, conforme noticiou o Times of India.

Ainda de acordo com as autoridades indianas, os dois países estavam "reunidos para amenizar a situação", mas ambos os lados sofreram baixas.

A China não anunciou nenhuma morte entre seus soldados, mas acusou a Índia de cruzar duas vezes a fronteira do Vale Galwan, na região disputada entre os dois gigantes asiáticos, "provocando e atacando o pessoal chinês, resultando em sério confronto físico entre as forças de fronteira dos dois lados", segundo informou o porta-voz do Ministério das Relações Internacionais da China, Zhao Lijian.

O Ministério de Relações Exteriores da Índia, por sua vez, acusou a China de quebrar um acordo firmado na semana passada para respeitar a Linha de Controle Real, que divide as áreas controladas pelas duas potências nucleares, no Vale Galwan.

Este é o primeiro confronto entre Índia e China com vítimas em mais de 40 anos, observaram analistas. Mas no mês passado, soldados dos dois países haviam trocado socos e pedradas na região do Himalaia.

Um oficial do exército indiano na região disse à agência de notícias AFP que não houve disparos de arma de fogo no incidente desta terça-feira. "Foram violentas brigas corpo a corpo", disse, sob condição de anonimato.

Autoridades chinesas e indianas se encontraram após o incidente e se comprometeram a "seguir resolvendo os problemas bilaterais por meio do diálogo", informou Zhao. A Índia acusa a China de enviar milhares de soldados para a área disputada em Aksai Chin-Ladakh e alega que o vizinho ocupa 38 mil quilômetros quadrados de seu território.

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