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Xeque Hasan Dahir Aweys (esquerda), em reunião com membro do grupo Al-Shabab: forças rebeldes passarão a atuar juntas no chifre africano | Feisal Omar/Reuters
Xeque Hasan Dahir Aweys (esquerda), em reunião com membro do grupo Al-Shabab: forças rebeldes passarão a atuar juntas no chifre africano| Foto: Feisal Omar/Reuters

Mogadíscio - Um líder da insurgência islamita da Somália ameaçou ontem atacar os Estados Unidos, durante um discurso transmitido por uma emissora local de rádio. "Nós pedimos ao presidente dos EUA, Barack Obama, que aceite o Islã antes que cheguemos ao seu país", disse Fuad Mohamed Qalaf.

O grupo extremista somali Al-Shabab ainda não lançou atentados fora da África Oriental, mas agências ocidentais de inteligência acreditam que o grupo recrute jovens somalo americanos. Cerca de 20 desses jovens já viajaram à Somália para treinamento e pelo menos três deles foram usados como homens-bomba suicidas em ataques dentro da Somália.

A mensagem de rádio foi gravada na cidade de Afgoye, perto de Mogadíscio, durante uma reunião entre Qalaf e o xeque Hassan Dahir Aweys, ex-líder do grupo Hizbul Islam. Os dois líderes islamitas entraram em confronto várias vezes no passado, mas em meados deste mês anunciaram uma trégua.

Um dos objetivos da Al-Shabab é derrubar o fraco governo somali, que controla apenas parte da capital e algumas regiões no oeste do país. O governo somali atualmente é mantido por 8 mil soldados da UA, procedentes do Burundi e de Uganda.

A Al-Shabab já anunciou sua aliança com a rede extremista Al-Qaeda e em julho deste ano desfechou atentados em Uganda, que mataram 76 pessoas. A Somália não tem governo efetivo desde 1991, quando a ditadura socialista entrou em colapso. Enquanto o norte do país, a Somalilândia, declarou a independência (não reconhecida pela comunidade internacional), a organização Al-Shabab controla grandes regiões no sul e centro do país.

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