O Exército do Sri Lanka declarou uma "zona de segurança" nesta quarta-feira (21) para permitir que cerca de 250 mil civis deixem a área mantida pelo Exército de Libertação dos Tigres do Tamil Eelan (LTTE), no norte do país, e sigam para o território controlado pelo governo. A Força Aérea jogou panfletos pedindo aos civis da região que se dirijam para a zona de segurança, de 35 quilômetros quadrados no território rebelde, e permaneçam lá até que o Exército possa levá-los para locais mais seguros, disse o porta-voz militar brigadeiro Udaya Nanayakkara. "Nós não vamos atirar no interior da área", disse Nanayakkara.
Não ficou claro como os refugiados do LTTE serão levados para fora da zona de guerra. O governo disse que instalou abrigos temporários na região de Vavuniya, bem ao sul do local onde os confrontos acontecem e onde eles receberão água e comida. O anúncio foi feito no momento em que o Exército mantém uma ofensiva no norte do país com o objetivo de vencer os insurgentes e pôr fim à guerra civil que já dura 25 anos. Os militares já conquistaram a maior parte do Estado dominado pelos rebeldes e os confinou numa pequena região ao nordeste.
Grupos de direitos humanos levantaram preocupações sobre a segurança das pessoas que vivem no território sob cerco militar. O Human Rights Watch (HRW) acusou os rebeldes de impedir que as pessoas fugissem do local, enquanto o LTTE diz que está protegendo os civis que voluntariamente se apresentam a ele. Não há relatos independentes sobre a situação dos civis na zona de guerra por jornalistas e grupos de ajuda não podem se dirigir ao local.
Bomba
Na medida em que as tropas do governo pressionam pelo fim da guerra, os rebeldes são acusados de realizar um crescente número de ataques no leste do país, que foi capturado do LTTE em 2007. Nesta terça, uma bomba colocada numa bicicleta matou um policial e um civil ao explodir do lado de fora de uma delegacia no leste do Sri Lanka. A bicicleta foi deixada perto de um posto de gasolina do lado de fora do posto policial da cidade de Batticaloa, disse Nanayakkara.
A bomba explodiu por volta das 7h30, quando um grupo de estudantes passava pelo local. Além dos mortos, a explosão feriu um policial, quatro crianças e seis adultos. Suspeita-se que o ataque tenha sido realizado pelos rebeldes, afirmou Nanayakkara. O LTTE vem lutando desde 1983 para estabelecer um Estado independente para a minoria tâmil, que sofre há décadas com a marginalização de sucessivos governos controlados pela maioria cingalesa. A violência resultou na morte de mais de 70 mil pessoas.
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