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O ex-diretor-gerente do FMI Dominique Strauss-Kahn passou a noite em uma cela de sete metros quadrados e foi interrogado pela polícia francesa pelo segundo dia, nesta quarta-feira, sobre o que ele sabia das prostitutas que amigos levavam para ele.

Strauss-Kahn, cujo cargo no FMI e as chances de se tornar o próximo presidente da França acabaram em maio depois de sua prisão em Nova York por acusações hoje arquivadas de abuso sexual, vem sendo atormentado desde então pela investigação sobre prostituição na cidade de Lille, no norte da França.

A investigação se concentra nas alegações de que uma rede de prostituição organizada por colegas de Strauss-Kahn abastecia clientes do luxuoso Hotel Carlton, em Lille.

A polícia quer saber se o hoje desempregado Strauss-Kahn sabia que as mulheres presentes nas festas que ele frequentava em Lille, Paris e Washington eram prostitutas.

Seu advogado disse que ele não tinha por que achar que as mulheres eram prostitutas, observando que nem sempre era fácil ver diferenças entre uma "mulher de classe" e uma prostituta quando ambas estava nuas.

Uma fonte próxima ao caso disse que Strauss-Kahn seria solto ainda na quarta-feira, mas que a decisão de colocá-lo sob investigação judicial pelo caso poderia ser anunciada em uma data posterior.

Os investigadores podem abandonar as acusações ou colocar Strauss-Kahn formalmente sob investigação.

Ele pode ser acusado de cumplicidade em uma operação que intermediava prostitutas ou por ter se beneficiado de fundos desviados de empresas, se for constatado que ele sabia que as festas com prostitutas nas quais compareciam executivos eram pagas pelas empresas.

Strauss-Khan, de 62 anos, não deu declarações ao chegar de carro para ser interrogado na manhã de terça-feira na delegacia de polícia de Lille.

Ele se demitiu do cargo de chefe do Fundo Monetário Internacional depois de ser acusado de tentar estuprar uma camareira de hotel de Nova York.

Os promotores norte-americanos abandonaram as acusações criminais contra ele por desconfiarem da credibilidade da ré.

Na sua volta para a França, em setembro, promotores franceses arquivaram uma queixa de agressão sexual feita por uma escritora francesa porque ela teria apresentado a queixa quase uma década depois do evento, e tarde demais sob a lei estatuária.

Então surgiu o caso de Lille, com vazamentos implacáveis na mídia, sujando ainda mais a reputação de Strauss-Kahn.

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