Dominique Strauss-Kahn apareceu sorridente na quinta-feira depois de um encontro de duas horas com a francesa Tristane Banon, que o acusou de tentar estuprá-la em 2003, em uma confrontação legal que ajudará a determinar se o caso será mantido.
O ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) de 62 anos voltou para a França em agosto depois de um tribunal de Nova York retirar as acusações de que tentou estuprar a camareira Nafissatou Diallo em um hotel de luxo.
Banon, 30 anos mais nova que Strauss-Kahn, diz que ele tentou estuprá-la há oito anos em um apartamento vazio, rasgando a roupa dela e forçando-a a empurrá-lo.
Ele nega as acusações de Banon, classificando-as de "imaginárias" em uma entrevista na televisão exibida este mês.
Strauss-Kahn disse que não participará da eleição presidencial de 2012, mas o socialista que já foi o candidato favorito a se tornar presidente mantém a influência sobre seu partido.
Os dois se encontraram na quinta-feira em uma delegacia de Paris.
Sorridente, bronzeado e vestido em um terno bem cortado, Strauss-Kahn saiu da delegacia primeiro e entrou em um carro com motorista e janelas escuras, sem falar à mídia.
Banon saiu 15 minutos depois e foi levada em um comboio de três veículos da polícia com as sirenes ligadas.
Um advogado de Strauss-Kahn disse ao jornal Le Parisien que os dois lados mantiveram a sua versão para o encontro.
A reunião, que aconteceu perante um juiz, é um ritual comum nas investigações da polícia francesa que ajudará a determinar se a acusação de tentativa de estupro será mantida, rebaixada para agressão sexual ou retirada.
A pena por tentativa de estupro é de 10 anos; por agressão sexual é de 3 anos. O principal promotor de Paris estendeu uma investigação preliminar sobre a acusação de Banon para dar tempo para a acareação, que ocorreu a pedido do advogado dela.
Embora Banon, que é jornalista, diga que está determinada a ver Strauss-Kahn ser processado, fontes da Justiça duvidam que seja mantida uma acusação de tentativa de estupro na ausência de provas materiais.
-
Ato de Bolsonaro encorpa “onda Musk” no embate sobre liberdade de expressão com STF
-
Centrão espera liderar eleição municipal apesar de papel inédito da polarização
-
Milei transforma Argentina em maior aliada de Israel na América Latina
-
PL e Novo disputam protagonismo pelos votos da direita em Belo Horizonte
Deixe sua opinião