• Carregando...

O ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn apresentou uma ação com pedido de um milhão de dólares contra a funcionária do Hotel Sofitel de Nova York que o acusou de agressão sexual, segundo o texto da demanda consultado pela AFP nesta terça-feira.

A informação havia sido antecipada pelo jornal New York Post.

Um ano depois da explosão do escândalo, o ex-aspirante à candidatura presidencial pelo Partido Socialista francês acusou Nafissatou Diallo de "apresentar com conhecimento de causa e intencionalmente uma denúncia falsa às autoridades". Também acusa a camareira de "difamação".

A demanda, apresentada na segunda-feira na Suprema Corte do Bronx, indica que a "falsa acusação maliciosa e gratuita" prejudicou a reputação de Strauss-Kahn, assim como suas "oportunidades profissionais".

Antes da acusação de agressão sexual apresentada por Diallo provocar sua prisão no ano passado em Nova York, Strauss-Kahn era considerado o favorito do Partido Socialista francês para tentar derrotar o presidente Nicolas Sarkozy.

Nos documentos judiciais, Strauss-Kahn recorda que no momento dos fatos era "considerado por alguns como o próximo presidente francês".

Mas, após o escândalo, o candidato socialista foi François Hollande, que derrotou Sarkozy nas urnas e assumiu a presidência nesta terça-feira.

O New York Post destaca também que Strauss-Kahn acusa Diallo de "acusação maliciosa, abuso judicial, falsa prisão, difamação e infligir intencionalmente angústia emocional".

A equipe de defesa de Strauss-Kahn conseguiu arquivar o caso penal, mas Diallo iniciou um processo civil, que teve prosseguimento depois que o juiz negou ao ex-diretor do FMI a imunidade diplomática.

A demanda de DSK afirma que a relação sexual mantida em 14 de maio de 2011 com a guineana Diallo foi de "consentimento mútuo", "sem violência nem coação" e que ela não ficou ferida.

"Com a ajuda dos funcionários do Sofitel, uma hora depois da relação sexual, Diallo falsamente declarou à polícia que Strauss-Kahn a havia agredido sexualmente", alegam os advogados.

A camareira afirmou ter sido obrigada a praticar sexo oral.

O ex-diretor do FMI argumenta ainda que foi detido e "submetido a uma revista degradante e humilhante, fotografado nu e forçado a entregar provas para a investigação".

Também recorda que Diallo "falsificou elementos" e que ele teve que renunciar ao comando do FMI.

Além disso, Strauss-Kahn foi envolvido em um caso de uma rede de prostituição na França, apesar de ter insistido que não sabia que as mulheres com as quais se envolveu em orgias eram prostitutas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]