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Gordon Brown, provável futuro primeiro-ministro da Grã-Bretanha, admitiu nesta sexta-feira (11) que "erros" foram cometidos no Iraque. A afirmação foi feita no lançamento de sua candidatura para suceder Tony Blair.

"Eu aceito que erros foram cometidos", afirmou Brown a um jornalista que havia perguntado se estava disposto a pedir desculpas pela guerra do Iraque - algo que Blair sempre se recusou a fazer.

No entanto, Gordon Brown destacou que a Grã-Bretanha continuará comprometida nos esforços para garantir a paz no Iraque.

"Vamos cumprir nossas obrigações com o povo iraquiano", disse o ministro das Finanças, antes de ressaltar que agora é preciso se concentrar na reconciliação e recuperação econômica do país.

Brown afirmou que pretende suceder Tony Blair, que deixará o comando no dia 27 de junho.

"Hoje, anuncio que sou candidato a ser o líder do Partido Trabalhista e dirigir um novo governo", disse Brown ao lançar sua campanha, no centro de Londres.

O candidato ofereceu "novas idéias, visão e experiência" para ganhar a confiança dos britânicos, e ressaltou que se transformar em primeiro-ministro do Reino Unido seria sua "maior honra".

O Ministro de Finanças, de 56 anos, anunciou sua intenção após receber o apoio explícito de Blair.

"Estou feliz de dar meu apoio total a Gordon como o próximo líder do Partido Trabalhista e primeiro-ministro", disse o chefe do Trabalhismo em uma declaração em sua residência, em Downing Street.

O ministro também teve palavras de elogio para o chefe do Executivo, sobre quem disse que "dirigiu o país durante dez anos com distinção, coragem, paixão e perspicácia".

Brown disse que quer "um Reino Unido de justiça e oportunidades para todos os cidadãos britânicos".

Sobre política externa, o candidato adiantou que um Governo sob seu comando será "pró-europeu", mas será também "um Governo que negociará com outros governos".

Além disso, o ministro reconheceu abertamente que foram cometidos "erros" no Iraque, frente à postura de Blair de insistir em que fez "o certo" ao apoiar a invasão.

Blair já havia anunciado nesta quinta-feira que em 27 de junho apresentará sua renúncia à rainha Elizabeth II.

Com o anúncio de sua saída do governo, começou a corrida para nomear o novo líder trabalhista e primeiro-ministro, em processo que durará cerca de sete semanas.

Brown parte como o grande favorito para substituir o chefe do governo.

Os concorrentes

Os dois únicos candidatos que ousaram desafiar o ministro da Economia, dois deputados da ala esquerda do Trabalhismo, adiaram na quinta, até a próxima segunda-feira, a decisão definitiva sobre qual deles concorrerá às eleições internas do partido.

Michael Meacher, de 67 anos e ex-secretário de Estado nos Governos de Blair, e John McDonnell, de 55 anos, não decidiram qual deles sairá candidato, já que seus níveis de apoio são "muito apertados", explicou um porta-voz do segundo.

Esse adiamento desencadeou rumores sobre a capacidade dos dois candidatos para reunir as 45 assinaturas necessárias para participar de uma competição.

Se esses parlamentares não obtiverem os apoios requeridos, Brown poderia ser o único aspirante ao "trono" trabalhista e, nessas circunstâncias, seria proclamado novo líder sem necessidade de votação.

A Executiva Nacional do Partido Trabalhista se reunirá neste domingo, a fim de decidir o calendário para a eleição do novo chefe da legenda.

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