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O presidente do Sudão, Omar al-Bashir: mais medidas isolacionistas | Mohamed Nureldin Abdallh/Reuters
O presidente do Sudão, Omar al-Bashir: mais medidas isolacionistas| Foto: Mohamed Nureldin Abdallh/Reuters

Cartum - O presidente do Sudão, Omar al-Bashir, disse ontem que todos os grupos humanitários estrangeiros deverão deixar o país até o fim deste ano, ao insistir que eles podem entregar os suprimentos "nos aeroportos e portos" do país e deixar ao governo sudanês o trabalho de distribuí-los.

Mais tarde, funcionários do governo sudanês tentaram minimizar os comentários do presidente, ao dizer que a saída dos grupos estrangeiros é um "processo" e que as agências das Nações Unidas que operam no país não serão afetadas.

Omar al-Bashir já expulsou 13 grandes organizações humanitárias internacionais, muitas das quais operavam na região do Darfur, ao acusá-las de espionar para o Tribunal Penal Internacional (TPI), que emitiu em 4 de março uma ordem de prisão contra ele, por crimes de guerra na região do oeste sudanês.

Bashir também fechou três grupos locais de ajuda humanitária, incluindo um dos maiores que operam no Darfur. A ONU alerta que o fechamento dos grupos na região deixará milhões de pessoas à beira de uma crise humanitária.

"Em um ano, nós não queremos ver mais nenhum grupo humanitário estrangeiro lidando com um cidadão sudanês", disse Bashir. "Se eles quiserem trazer auxílio, que eles o deixem em portos e aeroportos. Deixem as organizações nacionais lidarem com nossos cidadãos", afirmou.

O TPI, sediado na Holanda, acusa Bashir de orquestrar atrocidades contra civis no Darfur, onde seu governo, liderado por sudaneses árabes, luta contra rebeldes africanos desde 2003.

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