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Londres - A Suíça realiza neste domingo um referendo e deve aprovar uma lei que obriga a expulsão de todos os imigrantes que cometam crimes: de assassinatos a roubos, passando por fraude para obter benefícios do governo.

A proposta, que inclui cidadãos europeus, é de autoria do SVP (Partido do Povo Suíço), de extrema direita. Segundo pesquisas, cerca de 58% dos eleitores são favoráveis à medida.

Preocupado com a repercussão internacional e com receio de violar acordos com a União Europeia, o governo tenta uma opção mais branda – os imigrantes seriam deportados, mas os casos seriam estudados e respeitariam as leis internacionais.

A Suíça, que não faz parte da UE, tem um acordo que permite a livre circulação de suíços e dos cidadãos dos 27 países do bloco.

O SVP diz que a proposta do governo permitiria recursos judiciais demorados e o adiamento das expulsões. Pelo projeto, o expulso deixa o país assim que cumprir a pena e fica proibido de voltar à Suíça por um prazo de 5 a 20 anos.

A campanha pelo voto voltou a utilizar um cartaz que mostra uma ovelha negra sendo chutada para fora do país por ovelhas brancas. O cartaz, usado nas eleições de 2007, rendeu ao SVP, maior partido político da Suíça, acusações de racismo.

O referendo acontece um ano depois de outro também polêmico, que proibiu a construção de minaretes (torres de mesquitas). Na ocasião, a Suíça foi criticada por, segundo os detratores, não respeitar a liberdade religiosa.

No início do ano passado, o SVP esteve ainda envolvido no caso da brasileira Paula Oliveira, condenada sob a acusação de forjar um ataque neonazista.

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