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A promotoria da Suíça pediu somente uma multa, e não a prisão da brasileira Paula Oliveira, denunciada pela suspeita de ter fingido que foi atacada por supostos extremistas racistas em uma ação que, segundo ela, teria provocado um aborto de gêmeos. Caso fosse pedida sua prisão pelos promotores, Paula corria o risco de pegar até três anos de cadeia por falso testemunho. O valor da multa não foi divulgado.

De acordo com a polícia, Paula disse ter sido atacada perto de uma estação ferroviária de Zurique por três neonazistas, um deles com um símbolo tatuado na nuca. Segundo ela, os agressores realizaram cortes em sua barriga e nas pernas, deixando marcada em sua pele as iniciais da principal legenda de direita do país, o Partido do Povo Suíço (SVP). O laudo médico concluiu que ela não estava grávida.

As fotos do corpo com cicatrizes foram publicadas em vários jornais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na época que o governo do Brasil não podia aceitar nem ficar calado "diante de tamanha violência contra uma brasileira no exterior". Após a investigação, o chefe do departamento de medicina forense da Universidade de Zurique, Walter Baer, disse que a ocorrência se trata de um caso típico de automutilação. O passaporte de Paula foi retido durante a investigação.

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