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O governo suíço anunciou nesta quarta-feira que vai dar início aos procedimentos legais para confiscar depósitos do ex-ditador haitiano Jean-Claude "Baby Doc" Duvalier, congelados no país desde 1986.

O governo fez o anúncio um dia depois que uma nova lei, chamada pela mídia local de "Lei Duvalier", entrou em vigor no país, o que abriu caminho para a devolução do dinheiro de Duvalier para o Haiti, uma das nações mais pobres do mundo.

"O governo suíço, que vem trabalhando para buscar uma solução para a restituição do dinheiro de Duvalier ao povo haitiano, usou os poderes conferidos pela lei de restituição para levar este caso ao tribunal", informaram as autoridades em um comunicado.

"Representantes da família Duvalier terão a oportunidade de provar a legalidade dos bens bloqueados, durante o processo de confisco, perante a Corte Administrativa Federal", diz o texto.

Empenhada com afinco em mudar sua imagem de paraíso fiscal para dinheiro obtido ilicitamente, a Suíça decidiu no mês passado congelar os bens do ex-presidente da Tunísia Zine al-Abidine Ben Ali, bem como o do atual presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo.

Duvalier, de 59 anos, retornou inesperadamente para o Haiti no mês passado, depois de 25 anos de exílio na França. Ele agora está sendo acusado de corrupção e crimes contra a humanidade, pelas mortes e tortura durante seus 15 anos no poder.

A estimativa é que Duvalier tenha se apropriado de um valor entre 300 milhões e 800 milhões de dólares do Haiti durante sua presidência.

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