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Helicópteros resgataram nesta quarta-feira suíços ilhados em telhados e sacadas, uma vez que as inundações e correntezas impedem a aproximação de barcos às casas em várias partes do país. Os meteorologistas prevêem mais chuvas para os próximos dias.

Lagos e rios transbordaram após vários dias de temporais na Suíça, na Áustria e na Alemanha. As inundações bloquearam estradas, interromperam o fornecimento de energia e as comunicações para centenas de comunidades.

Houve queda de barreiras em estradas e ferrovias, e algumas pontes foram arrastadas pelas águas.

- Tivemos de realizar as atividades de resgate com helicópteros desde ontem à noite porque simplesmente não conseguimos mais chegar lá com botes. A correnteza está forte demais - disse o porta-voz policial Thomas Jeuch em Berna, a capital.

A parte antiga da cidade ficou inundada e sem energia após o transbordamento do Rio Aare. A polícia disse que o nível da água continua subindo.

- Há o risco de que possa haver outra piora na situação - disse o meteorologista Thomas Buechli, da TV local, alertando para mais chuvas nos próximos dias.

Alguns moradores acenavam das sacadas pedindo ajuda, enquanto outros usaram seus celulares para isso.

Sete pessoas morreram e milhares deixaram suas casas na Suíça por causa da chegada das inundações, iniciadas nos Alpes centrais, ao leste do país, na fronteira com a Áustria.

Na Áustria, o número de mortos subiu na quarta-feira para três - há também um desaparecido, supostamente por afogamento, no oeste, segundo a polícia.

O chanceler (primeiro-ministro) Wolfgang Schuessel convocou uma reunião de emergência do ministério para a tarde de quarta-feira a fim de discutir os trabalhos de recuperação. Os ministros prometeram milhões de euros para compensar os prejuízos de donos de casas e lavouras.

A chuva diminuiu no oeste da Áustria e na região do Tirol (sul), mas centenas de pessoas ainda estão isoladas em aldeias nos vales. Cerca de 17 mil bombeiros, com a ajuda de soldados, estão reabrindo estradas, bombeando a água de porções e limpando a lama de rodovias, pontes e ferrovias.

Na Alemanha, enormes áreas na região de Kochelsse e Bad Toelz, na Baviera (sul), ainda estão embaixo d'água. Milhares de sacos de areia protegem a cidade de Neu-Ulm, que fica entre os rios Danúbio e Iller.

A empresa suíça de transportes ferroviários disse que o serviço continua prejudicado no centro do país e nos Alpes da região de Berna. O transporte de cargas no túnel Gotthard, parte da principal rota norte-sul do país, foi paralisado.

O lago Lucerna, ao pé das maiores montanhas suíças, também subiu na quarta-feira, embora mais lentamente do que antes, segundo a polícia.

Em algumas partes do centro da Suíça, houve mais chuva em três dias do que habitual em todo o mês de agosto, de acordo com meteorologistas. As estradas da região de Lucerna, o destino turístico mais popular do país, estão interditadas, e aágua potável servida a aldeias vizinhas está contaminada. A eletricidade e a telefonia continuam desativadas em algumas áreas do país.

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