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O quarteto está comemorando a conquista do Disco de Ouro | Divulgação/Prime Shows
O quarteto está comemorando a conquista do Disco de Ouro| Foto: Divulgação/Prime Shows

O estudante sul-coreano Cho Seung-Hui que deixou pelo menos 30 mortos na universidade Virginia Tech atingiu pessoas de diversas nacionalidades, idades e trajetórias. Em bilhete, ele culpou alunos da instituição pelo ataque, o pior da história universitária americana. As identidades das vítimas do massacre ocorrido na segunda-feira começaram a ser divulgadas pelas autoridades, segundo a rede de televisão americana CNN. Entre os mortos, estão uma colega de escola do atirador, uma sul-coreana, um sobrevivente do Holocausto e, de acordo com testemunhas, a ex-namorada de Cho, Emily Jane Hilscher, de 19 anos.

Estudante de biologia, Emily era conhecida na sua cidade natal como uma amante dos animais. "Ela trabalhava numa clínica veterinária e se preocupava com os animais a todo tempo", disse um amigo da família de Emily. A estudante, que era de Woodville, morava no alojamento da universidade, no mesmo andar de Ryan Clark, a outra vítima morta no dormitório. Amigo de Emily, Will Nachless, de 19 anos, disse que a menina era extremamente atenciosa. "Antes mesmo de conhece-la, já achava que era muito fácil, amiga e prestativa. E ela sempre foi muito boa aluna em química" contou Will.

Stack

Conhecido pelos amigos como Stack, Ryan Clark, de 22 anos, foi lembrado como "o verdadeiro espírito da Tech" no site da banda da universidade, da qual era um dos músicos. Ele saiu de Martinez, na Geórgia, para estudar biologia e língua inglesa na Virginia. Clark era uma espécie de zelador do dormitório do campus, onde foi baleado junto com a estudante Emily Jane Hilscher por volta das 7h de segunda-feira. Ele planejava fazer um doutorado em psicologia, com foco em neurociência. Da Georgia, a amiga Arielle Perlmutter lembrou o trabalho com Clark em um acampamento para crianças, onde ele passava parte das férias de verão. "No acampamento, ele era um dos meus amigos mais próximos. Tínhamos muitas brincadeiras nossas e passávamos boa parte do tempo rindo. Ryan nunca tinha tristeza no rosto, mesmo quando alguma coisa estava chateando. Ele conduzia o programa de dança e música do acampamento e estava sempre em movimento, catando e divertindo a equipe e os campistas. Ele era muito feliz e estava sempre tentando fazer os outros felizes", escreveu Arielle.

De família libanesa, Reema Samaha, de 18 anos, estudou na mesma escola em que o atirador completou o ensino médio (high school, nos Estados Unidos). Ela estava em seu primeiro ano na Virginia Tech. Nas palavras de seu pai, Joseph, Reema parecia ser uma "menina tímida até você a conhecer". Sonhadora, ela planejava trabalhar com planejamento urbano ou relações internacionais porque, de acordo com o pai, "achava que poderia resolver os problemas do mundo". Lembrada como uma dançarina criativa, ela participou de uma apresentação no fim de semana anterior ao massacre, quando seus pais a viram pela última vez. "Seu rosto continua aparece na minha memória a todo o momento", disse o pai da menina.

Mary Karen Read, de 19 anos, era sul-coreana, assim como o atirador. Ela foi criada no Texas e na Califórnia, antes de se mudar para Annandale, na Virginia. De acordo com sua tia, Karen Kuppinger, três horas depois de receber as primeiras notícias sobre o massacre, a família ainda não tinha recebido notícias sobre Mary, mas não conseguia aceitar que ela poderia ser uma das vítimas. "Ela não atendia o celular nem respondia os emails. Nós não nos conformamos. Acreditávamos que ela apareceria de repente" disse a tia.Professor romeno

Liviu Librescu, de 76 anos, era um sobrevivente do Holocausto, nascido e graduado na Romênia. Para seu filho, ele será lembrado como herói. "Ele bloqueou a porta com seu próprio corpo e pediu aos alunos para fugir", disse Joe Librescu, lembrando a atitude do pai durante o massacre em Virginia Tech. "Os estudantes começaram a abrir as janelas e saltar", acrescentou. Liviu Librescu era professor da universidade e reconhecido internacionalmente por suas pesquisas em engenharia aeronáutica, segundo o chefe do departamento de Engenharia e Mecânica de Virginia Tech. O professor Edward Smith, da universidade Penn State, conhecia Librescu há 18 anos, desde que se formou no colégio, e lembrou do colega como um verdadeiro cavalheiro. "Ele era sempre muito profissional e estava sempre muito bem vestido. Era muito sério em relação ao trabalho. O professor Librescu era muito bem-humorado e tinha muitos amigos na comunidade aeroespacial" disse Smith.

Nascido na Índia, G. V. Loganathan, de 51 anos, era professor de engenharia civil e ambiental em Virginia Tech. Desde que chegou à universidade, em 1982, recebeu três prêmios. Ele morava com a mulher e os filhos no campus da universidade. Ex-aluno da Carolina do Norte, Ken Ying lembrou de Loganathan como um homem gentil. "Sempre lembro dele por seu estilo elegante e perfeccionista como professor e pesquisador. Aprendi muito com ele a cada vez que fazia críticas sobre meus trabalhos", escreveu Ying.

Um dia antes do massacre, Erin Peterson, de 18 anos, viu o pai, Grafton Peterson, pela última vez, durante uma vista à faculdade. Ela foi morta enquanto assistia a uma aula de Francês. De Fairfax, a amiga Katie Shchoolfield escreveu que Erin era a "pessoa mais meiga e carinhosa" que conhecia. "Ela estava sempre lá para oferecer uma mão amiga ou um grande abraço num dia ruim. Erin era o tipo de pessoa que entrava numa sala com um sorriso no rosto e fazia todos sorrirem", contou Katie.

Porto-riquenho de 26 anos, Juan Ramon Ortiz, é lembrado pelos amigos da família como um homem calmo, um filho dedicado, que gostava de decorara a casa simples dos pais a cada Natal e tocava salsa com o pai nos fins de semana. "Ele era o filho que todo pais gostaria de ter", disse o pai de Ortiz, também chamado Juan Ramon.

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