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O cientista sul-coreano Hwang Woo-suk prestou depoimento, nesta quinta-feira, em Seul, por seu suposto envolvimento na fraude de resultados de pesquisas com células-tronco embrionárias. Hwang e outros três pesquisadores envolvidos no escândalo foram sabatinados por mais de dez horas pelos promotores públicos. Eles também são suspeitos de uso fraudulento de fundos federais para fins de pesquisa (crime que dá 10 anos de prisão) e violação de leis bioéticas na aquisição de óvulos humanos para o estudo.

Esta é a primeira audiência de que Hwang, que é ex-professor da Universidade Nacional de Seul, participa desde que a investigação teve início, em janeiro deste ano. Outras 50 pessoas, envolvidas direta ou indiretamente na fraude, serão ouvidas no caso.

O cientista - que ganhou muitos fios de cabelo brancos nos últimos meses - não quis responder às perguntas dos repórteres que lotavam a entrada do Fórum de Seul. O caso é acompanhado com grande interesse pela mídia sul-coreana e internacional. A pesquisa de Hwang trazia esperanças para a regeneração de tecidos e o tratamento de doenças como mal de Parkinson e diabetes.

O escândalo representou um golpe mortal para a carreira de Hwang, que era considerado um herói na Coréia do Sul. Apesar de toda a polêmica em torno das suas pesquisas, ele ainda tem defensores fervorosos que clamam por uma nova chance para o pesquisador. O geneticista se diz vítima de uma conspiração e pede a realização de uma investigação mais profunda, alegando que cientistas da Clínica MizMedi de Seul teriam conspirado contra ele, trocando as células-tronco de seus estudos.

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