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Os locais de votação do Sul do Sudão fecharam as portas no sábado (15), após um referendo de uma semana para decidir a independência do Norte, que poderá dar fim a um ciclo vicioso da guerra civil, com a criação do mais novo Estado do mundo.

O ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, liderando uma missão de observação do referendo, disse que a participação pode ter chegado a 90 por cento e que parece provável que o sul tenha votado pela independência.

Membros das mesas de votação, exaustos, receberam os eleitores retardatários do último dia, na capital do Sul, Juba. Alguns funcionários estavam tão cansados que dormiam nas empoeiradas seções de votação.

"Eu me sinto aliviado, já que lutamos durante 21 anos por isto", disse o sulista Ayen Deng. "Estamos aguardando os resultados oficiais, mas vamos comemorar esta noite."

Os resultados finais deverão ser divulgados no máximo em 15 de fevereiro, mas poderão ser anunciados logo no início do mês que vem. "É claro que haverá independência, até sentimos o cheiro", disse Santino Riek.

O referendo faz parte do acordo de paz de 2005, que acabou com décadas de guerra civil entre o Norte muçulmano e o Sul, onde a maioria é fiel ao cristianismo ou a crenças tradicionais.

Os membros do governo do Norte parecem estar resignados a perder o Sul, que é produtor de petróleo e representa um quarto do território do país, aliviando temores de um ressurgimento do conflito interno.

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