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Pescadores tentam proteger barco dos fortes ventos que começam a soprar na localidade de Legazpi | Zalrian Z. Sayat/Efe
Pescadores tentam proteger barco dos fortes ventos que começam a soprar na localidade de Legazpi| Foto: Zalrian Z. Sayat/Efe

O supertufão Hagupit, com ventos sustentados de 287 km/h e rajadas de até 351 km/h, segue ganhando força nesta sexta-feira (5) enquanto se aproxima da região central das Filipinas, a mesma que há um ano foi atingida pelo tufão Haiyan.

A tempestade, de 700 quilômetros de diâmetro, segundo o Centro de Alerta de Tufões da Marinha americana, deve tocar a terra no próximo domingo na zona que ainda se recupera da passagem do Haiyan.

Hagupit, descrito pela Agência Meteorológica do Japão como um tufão "violento", levou à evacuação em massa nas ilhas de Leyte e de Samar, as zonas que devem ser mais afetadas e que mais sofreram a violência da tempestade há um ano.

Em Tacloban, começou a evacuação de cerca de 78 mil pessoas, embora muitos centros de evacuação ainda não tenham sido restaurados, informou o jornal Inquirer. Entre os evacuados estão as 1,7 mil famílias que no ano passado ficaram sem lar e seguem nas casas temporários construídas pelo governo.

Enquanto a Prefeitura de Tacloban assegura que está preparando mais de 31 mil pacotes de alimentos, os residentes da cidade também foram em massa aos supermercados e esvaziaram suas prateleiras em previsão que a cidade fique de novo completamente destruída.

Ontem, as autoridades suspenderam as classes e fecharam as repartições públicas em grande parte do país perante a proximidade de Hagupit.

Por outro lado, as Forças Armadas e o serviço de guarda costeira foram postos em alerta, da mesma forma que as agências governamentais envolvida na recuperada das catástrofes naturais e equipes de urgência da Cruz Vermelha.

Se prevê que Hagupit afete 4,5 milhões de pessoas quando entrar no arquipélago filipino, segundo cálculos do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários.

As autoridades se esforçam nestes dias para ressaltar a possibilidade de um aumento da maré que poderia alcançar os 4 metros, um fenômeno que foi o culpado pelo grande número de mortes com a passagem de Haiyan.

Também houve alertas do risco de inundações e enchentes causadas pelas copiosas precipitações que acompanham o supertufão, deslizamentos e avalanches de terra e árvores, postes, telhados e qualquer outro material arrastado pelos ventos.

Entre 15 e 20 tufões atingem todos os anos as Filipinas durante a temporada chuvosa, que começa geralmente em junho e termina em novembro.

No ano passado, Haiyan, um dos mais potentes da história, deixou 6,3 mortos, mais de mil desaparecidos e 14 milhões de afetados.

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