• Carregando...

A China negou nesta sexta-feira que esteja encobrindo as mortes causadas por desastres naturais, no momento em que sobe para 330 o número de vítimas fatais do tufão mais forte a atingir o país em meio século.

O Saomai, classificado como um "supertufão", com ventos excedendo 216 quilômetros por hora, atingiu a costa sudeste da China na última quinta-feira, destruindo dezenas de milhares de casas, afundando navios e causando danos à infra-estrutura do país asiático.

A cidade mais atingida foi Shacheng, na província de Fujian, onde cerca de mil dos mais de 10 mil navios que voltaram ao porto antes da chegada do Saomai afundaram. Centenas de pescadores morreram.

Um total de 186 corpos foi resgatado no mar perto de Shacheng, e dezenas ainda estavam desaparecidos, disse a agência de notícias Xinhua na sexta-feira.

Moradores irritados alegam que o número de mortos pode ser de até mil pessoas, e acusam o governo de não ter oferecido um alerta adequado antes de o tufão chegar.

Temendo a punição de superiores, autoridades municipais chinesas costumam encobrir ou minimizar más notícias sobre desastres, acidentes e epidemias.

Mas Wang Zhenyao, chefe da assistência a desastres do Ministério de Assuntos Civis, negou qualquer tentativa de encobrir a extensão dos danos.

- As autoridades locais não têm porque mentir sobre o número de mortes causadas por desastres naturais, já que elas não têm responsabilidade sobre essas mortes como têm sobre os acidentes em minas de carvão - disse ele na quinta-feira, segundo a Xinhua.

- Dada a supervisão dos parentes das vítimas, moradores e da imprensa, também é impossível encobrir [o número de mortos] - disse Wang, segundo a agência. - Encobrir seria um erro ainda mais grave.

Ele disse que comunicações escassas e uma população crescente de migrantes dificultam uma avaliação precisa das baixas causadas por desastres.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]