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Mísseis provavelmente lançados de um avião-espião norte-americano mataram nesta sexta-feira (23) dez pessoas no Paquistão, informaram autoridades. O ataque ocorreu no leste da fronteira com o Afeganistão, no vilarejo de Zharki, uma região sem leis onde acredita-se que militantes da Al-Qaeda se escondem. Pelo menos cinco dos mortos foram identificados como militantes estrangeiros, segundo fontes da área de inteligência, quando um avião teleguiado lançou três mísseis que atingiram dois prédios em um intervalo de 10 minutos.

O ataque foi o primeiro dos Estados Unidos em território paquistanês desde a posse de Barack Obama como presidente e o mais recente em uma série de mais de 30 desde meados do ano passado. Líderes paquistaneses pró-EUA expressaram esperança de que Obama interrompa os ataques, que já mataram vários militantes da Al-Qaeda, mas despertaram raiva por parte do governo, de nacionalistas e críticos muçulmanos.

Os EUA vêm pressionando o Paquistão para que combata os militantes na fronteira, acusados por atacar soldados ocidentais no Afeganistão e intensificar a violência no Paquistão. Também nesta sexta, um ataque suicida e uma bomba detonada à beira de uma estrada mataram dois soldados e três civis no vale do Swat, região próxima da fronteira e que já foi destino turístico.

O vale do Swat é especialmente perigoso porque concentra áreas de onde a Al-Qaeda e o Taleban operam. Mais de 1.000 linhas-duras protestaram em Islamabad, capital do Paquistão, defendendo que só haverá paz no Swat e em outras regiões fronteiriças se o governo romper os laços com os EUA.

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