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A Suprema Corte do Quênia confirmou neste sábado (30) a vitória de Uhuru Kenyatta nas eleições presidenciais do último dia 4, ao rejeitar a impugnação apresentada pelo primeiro-ministro e candidato derrotado, Raila Odinga.

Kenyatta, acusado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra a humanidade, obteve 50,07% dos votos e conseguiu a maioria absoluta em primeiro turno por apenas 8 mil votos.

No entanto, Odinga, que obteve 43,3% dos votos, apresentou um recurso contra o resultado eleitoral, alegando irregularidades cometidas durante o pleito, mas a Suprema Corte rejeitou hoje a impugnação.

O presidente do Tribunal, Willy Mutunga, declarou que a corte adotou uma "decisão unânime" segundo a qual Kenyatta - filho do primeiro presidente do Quênia, Jomo Kenyatta - foi eleito "de forma válida".

Além disso, as eleições, que foram elogiadas pelos observadores internacionais, ocorreram "de maneira livre e justa" e em cumprimento da Constituição, ressaltou Mutunga ao ler o texto da decisão.

O veredicto do tribunal, máxima instância judicial do país, não admite apelação e abre o caminho para que Kenyatta tome posse como quarto presidente do Quênia no próximo dia 9.

Odinga, que alegou várias irregularidades, entre elas a de que o número total de votos excedia o número de pessoas que constavam no registro de várias circunscrições eleitorais, deve fazer uma declaração nas próximas horas.

Como já havia acontecido nas eleições de dezembro de 2007, que geraram uma onda de violência que deixou 1.300 mortos, Odinga rejeitou novamente os resultados do pleito.

No entanto, o primeiro-ministro afirmou desta vez que apelaria ao sistema judiciário e respeitaria sua decisão, ao invés de pedir a mobilização de seus seguidores, como em 2007.

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