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Agricultor espanhol joga pepinos para os animais depois que países europeus pararam de comprar hortaliças da Espanha | Jon Nazca/Reuters
Agricultor espanhol joga pepinos para os animais depois que países europeus pararam de comprar hortaliças da Espanha| Foto: Jon Nazca/Reuters

Reação

Brasil descarta proibir importação

O governo brasileiro informou que, por enquanto, não tomará nenhuma medida para controlar a importação de pepino vindo da Espanha.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o problema está sendo acompanhado por meio da rede Infosan da Organização Mundial da Saúde (OMS) e, até o momento, o órgão não indica a necessidade de adoção de medidas especiais contra o produto.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Brasil só compra da Espanha pepinos em conserva – não crus, como os suspeitos de provocar as mortes.

Entre janeiro e abril deste ano, foram comprados mais de 8 mil quilos do produto (a Espanha respondeu por metade das vendas de pepino da União Europeia ao Brasil). No ano passado, foram comprados mais de 12 mil quilos.

Berlim - Um surto infeccioso de uma variedade da bactéria Escherichia coli (E.coli) que já matou 15 pessoas na Alemanha começou a se espalhar pelo resto da Europa, detonando uma briga entre os países do bloco sobre de quem é a culpa e que produto é a fonte do problema.

Ontem foi registrada a primeira morte fora da Alemanha, levando o total a 16. A vítima é uma mulher de 50 anos que havia estado no país e morreu dois dias após ser internada na Suécia.

Na Alemanha, são 1.400 casos de contaminação pela Eceh (Es­­che­­richia coli entero-hemorrágica), 570 dos quais em Hamburgo.

Pessoas infectadas foram identificadas também no Reino Unido, na França, na Dinamarca, na Sué­­cia, na Áustria, na Espanha e na Holanda. Todas haviam estado em território alemão.

A fonte da contaminação, primeiro detectada em Hamburgo, norte da Alemanha, não foi ainda determinada.

O problema é que a Alemanha levantou desde o princípio suspeitas sobre pepinos exportados da Espanha. Sem perder o humor (negro), os alemães apelidaram logo o surto de "o ataque dos pepinos assassinos’’.

Porém, das quatro amostras coletadas, duas já foram descartadas como fonte do surto após análises de laboratório, informou Cornelia Prüfer-Storks, da Se­­cretaria de Saúde de Hamburgo.

Vários doentes relataram ainda não ter ingerido pepino antes da manifestação dos sintomas, o que levou os pesquisadores a ex­­pandir o campo de investigação para outros produtos, como o to­­mate e a alface.

Indenização

A Espanha quer, agora, que a Alemanha seja responsabilizada e lhe pague indenizações por ter "espalhado’’ que a fonte eram os pepinos espanhóis sem ter provas para tal, provocando danos "irreversíveis’’ ao país.

Segundo a Federação Espa­nhola de Produtores-Exportadores de Verduras e Frutas (Fepex), praticamente toda a Europa deixou de comprar produtos espanhóis de horticultura desde que a suspeita foi levantada.

"Há um efeito dominó em to­­das as verduras e frutas’’, disse o presidente da Fepex, Jorge Brotons, que calcula as perdas em 200 mi­­lhões semanais.

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