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Bombeiros combatem incêndio na sede da Assembleia Nacional da África do Sul, em Cidade do Cabo, 3 de janeiro
Bombeiros combatem incêndio na sede da Assembleia Nacional da África do Sul, em Cidade do Cabo, 3 de janeiro| Foto: EFE/EPA/STRINGER

Um homem suspeito de ter provocado no último dia 2 o incêndio que devastou o Parlamento da África do Sul foi acusado de crime de terrorismo nesta terça-feira em uma audiência judicial na qual a promotoria revelou que ele sofre de esquizofrenia.

O suspeito, Zandile Christmas Mafe, de 49 anos, foi preso no mesmo dia do crime. Em 4 de janeiro, ele foi levado ao Tribunal de Primeira Instância da Cidade do Cabo, onde também fica o Parlamento.

Mafe foi então acusado formalmente de posse de explosivos, invasão de propriedade, roubo e incêndio em um local de importância nacional, mas se declarou inocente.

Entretanto, o Ministério Público acrescentou hoje a acusação de infringir a Lei de Proteção da Democracia Constitucional contra o Terrorismo e Atividades Relacionadas.

De acordo com a acusação, Mafe "entregou, colocou, descarregou ou detonou ilegalmente um explosivo ou outro dispositivo letal em, dentro ou contra um local de uso público, uma instalação estatal ou governamental, ou seja, o edifício do Parlamento, com o propósito, entre outros, de causar danos substanciais ou destruir tal local".

O acusado compareceu à corte pela segunda vez hoje, onde a promotoria revelou que ele foi submetido a uma avaliação psiquiátrica após ser preso e que os médicos concluíram que ele sofre de esquizofrenia paranoica.

A acusação quer que Mafe seja examinado no Hospital Psiquiátrico Valkenberg, na Cidade do Cabo, para determinar sua aptidão para ser julgado.

O advogado de defesa, Dali Mpofu, um dos mais conhecidos da África do Sul, pediu liberdade condicional para Mafe e disse que o suspeito pretendia entrar em greve de fome se permanecesse em custódia por mais tempo.

O tribunal marcou a próxima audiência para 11 de fevereiro e ordenou que Mafe continue detido em um centro de atendimento psiquiátrico.

Os bombeiros deixaram a sede do Parlamento sul-africano na semana passada, após trabalharem por três dias para apagar o incêndio.

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