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Nova Délhi (EFE) – Os tribunais indianos decidirão nos próximos meses a quem pertence o Taj Mahal, principal atração turística da Índia, que é disputada pelo governo, por uma fundação muçulmana, pelos nacionalistas hindus e até por um suposto príncipe indiano. O mais extravagante monumento ao amor, um mausoléu de mármore branco, é um grande atrativo econômico, com seus três milhões de visitantes por ano.

Ontem, o Conselho Sunita Waqf, do estado de Uttar Pradesh, com poderes quase judiciais, concluiu após extensas análises que o Taj Majal, que fica na cidade de Agra, lhe pertence porque abriga tumbas muçulmanas e uma mesquita. Segundo a imprensa indiana, o presidente desse Conselho, Hafiz Usman, disse que a manutenção deverá continuar nas mãos do Serviço Arqueológico da Índia, subordinado ao governo, mas exigiu que o mausoléu seja registrado em nome do Waqf.

A fundação, que segue a linha sunita do islamismo, reivindica 7% do lucro derivado deste imponente monumento de quatro minaretes, além de saber como são gastos os US$ 4,3 bilhões gerados por ano. No entanto, o Serviço Arqueológico da Índia, sobre o qual recaiu a propriedade do famoso túmulo em 1920, deixou claro que não tem nenhuma intenção de ceder o lugar. "Vamos ao Tribunal Superior de Allahabad para conseguir a suspensão desta decisão", disse o arqueólogo S.K. Sharma.

Declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco e considerado uma verdadeira jóia arquitetônica, o Taj Mahal foi construído no século 17 pelo imperador mongol Shah Jahan em memória de sua amada esposa Mumtaz Mahal, morta ao dar à luz ao 14.º filho.

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