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Patrulha talibã em Cabul, capital do Afeganistão
Patrulha talibã em Cabul, capital do Afeganistão| Foto: EFE/EPA/STRINGER

O governo Talibã informou nesta sexta-feira (24) que ainda não tomou uma decisão sobre uma possível retomada de amputações e execuções que marcaram seu período anterior no poder no Afeganistão, desmentindo informações a respeito.

“Nosso governo acaba de começar a trabalhar, e no momento não há uma decisão clara sobre isso. Nós também não fizemos nenhuma declaração sobre o assunto”, declarou à Agência EFE o porta-voz do Talibã, Bilal Karimi. “Estamos na fase inicial de governança, e nosso governo ainda é interino. Alguns órgãos ainda não começaram a trabalhar”, completou.

Segundo Karimi, o Talibã tomará uma decisão sobre punições extremas quando seus órgãos judiciais estiverem totalmente operacionais e as leis tiverem sido aprovadas e ratificadas.

A reação do governo talibã vem após um dos líderes históricos do grupo, o mulá Nooruddin Turabi, dizer em entrevista que as lapidações, amputações e execuções que se tornaram eventos públicos semanais entre 1996 e 2001 retornarão. “O que o Mullah Turabi disse à mídia é sua opinião pessoal e não a posição oficial do governo”, esclareceu à EFE Mashal Afghan, membro do Comitê de Cultura do Talibã.

Durante o primeiro regime talibã, Turabi serviu como ministro da Justiça e chefiou o Ministério para a Propagação da Virtude e a Prevenção do Vício. Assim, o atual político de 60 anos foi o principal responsável pela implementação da política de punição extrema ou pena capital em público, baseada na interpretação dura da Sharia - a lei islâmica.

Há uma semana, os insurgentes dissolveram oficialmente o Ministério Afegão para Assuntos da Mulher e em seu lugar restabeleceram o Ministério para a Propagação da Virtude e Prevenção do Vício, que será responsável pela implementação rígida das normas islâmicas.

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