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Combatentes do Taliban decapitaram um refém polonês no Paquistão neste sábado (7), de acordo com um porta-voz dos militantes. Ele disse que o corpo não será entregue enquanto alguns membros do Taliban não forem libertados.

Em declarações na Alemanha, o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, afirmou que seu governo recebeu "confirmação não-oficial" de que Piotr Stancza, engenheiro de 42 anos e pai de um filho, havia sido morto.

"Não temos uma prova sólida, mas recebemos confirmação não oficial de que esta tragédia de fato ocorreu", disse Tusk a repórteres em Munique. As declarações foram transmitidas ao vivo pela TV polonesa.

O porta-voz do Taliban, identificado somente como Mohammed, disse à Reuters que Stancza foi morto porque as autoridades paquistanesas não soltaram militantes antes de expirar o prazo final dado pelo movimento, à meia-noite de sexta-feira.

"Matamos o homem depois que as autoridades se recusaram a libertar nossos colegas", disse o porta-voz do Taliban à Reuters. "Agora somente entregaremos seu corpo depois que nossas exigências forem atendidas."

Ele disse que Stancza foi executado na região tribal do Waziristão do Sul, um conhecido paraíso para os combatentes do Taliban e da rede Al Qaeda.

Uma autoridade do setor de inteligência na região, que pediu para não ser identificada, afirmou que o Taliban havia exigido o pagamento de 200 mil rupias paquistanesas (2.540 dólares) em troca do corpo.

Funcionários de governo não tinham condições de verificar a alegação do Taliban e os dois principais negociadores no caso de Stancza não foram localizados para comentar o anúncio da execução.

Stancza foi sequestrado em 28 de setembro quando visitava uma das áreas de trabalho de sua empresa perto da cidade de Attock, cerca de 65 quilômetros a oeste da capital do Paquistão, Islamabad. Na operação, homens armados mataram seu motorista e o intérprete.

Militantes exigiam a libertação de 60 de seus companheiros, mas depois reduziram a exigência para quatro de seus principais integrantes.

Os ataques contra trabalhadores estrangeiros e diplomatas se intensificaram no Paquistão no último ano, especialmente perto da fronteira afegã.

Um norte-americano da agência da ONU para regugiados (UNHCR) foi sequestrado na semana passada na província do Baluquistão, no sudoeste do país, e seu motorista foi morto.

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