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Por Mirwais Harooni e Ashraf Hamid

CABUL/ISLAMABAD (Reuters) - O Taliban exortou as agências de ajuda nesta terça-feira a avançar na entrega de suprimentos de emergência para as vítimas do terremoto que atingiu as regiões montanhosas remotas do norte do Afeganistão e Paquistão, matando pelo menos 300 pessoas.

Com o rigoroso inverno se impondo na região das montanhas Hindu Kush, epicentro do terremoto, a situação das milhares de pessoas que ficaram desabrigadas está se tornando cada vez mais grave.

“O Emirado Islâmico exorta os nossos bons compatriotas e organizações beneficentes a não demorarem no fornecimento de abrigo, comida e suprimentos médicos para as vítimas deste terremoto”, disse o Taliban em uma mensagem de condolências às vítimas, usando seu nome formal. “E ordena igualmente a seus combatentes nas áreas afetadas que provenham o máximo de ajuda.”

No entanto, o esforço de socorro está sendo complicado pela instabilidade decorrente da insurgência do Taliban, já que boa parte da zona afetada é insegura para as organizações internacionais e as tropas do governo.

“A comida e outros itens de ajuda são insuficientes”, disse Abdul Habib Sayed Khil, chefe da polícia de Kunar, uma das províncias mais atingidas, onde foi confirmada a morte de 42 pessoas. “Está chovendo há quatro dias e o clima está muito frio. Se não providenciarmos ajuda muito em breve, isso pode virar um desastre.”

Em consequência do sismo, estradas e comunicações estão interrompidas em muitas áreas e as autoridades e organizações humanitárias internacionais ainda estavam tentando avaliar a extensão dos danos.

No Paquistão, onde deslizamentos de terra e fortes chuvas e neve no fim de semana já haviam deixado milhares de turistas retidos em áreas montanhosas do norte, os militares do país, que são bem-equipados, estão fortemente envolvidos nos esforços de socorro.

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