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Os talibãs anunciaram há pouco que libertaram duas reféns sul-coreanas, mas a informação ainda não foi confirmada pelo governo do Afeganistão nem da Coréia do Sul.

- Hoje, às 18h30 (13h30m GMT), liberamos duas das reféns sul-coreanas, que estavam gravemente doentes, sem impor qualquer condição - afirmou à Reuters o porta-voz talibã Qari Mohammad Yousuf, por telefone. - É possível que a qualquer momento elas cheguem a Ghazni. Tudo depende do transporte. Elas estão livres. Este é um gesto de boa-fé em relação ao povo da Coréia e da delegação coreana no Afeganistão.

Apesar da declaração, o governador da província de Ghazni, de onde o grupo de 23 missionários cristãos foi levado em 20 de julho, o porta-voz afegão oficial disse que o governo não tem qualquer notícia da libertação.

Os talibãs já mataram dois sul-coreanos e ameaçaram matar mais, caso não sejam libertados em troca oito membros da milícia.

Mais cedo, os insurgentes disseram que as conversas com os diplomatas sul-coreanos estavam indo bem e os reféns seriam libertados em breve, apesar de o governo da província não confirmar a informação.

- Temos esperança de que essa questão se revolva hoje ou amanhã. Se Deus quiser - disse Qari Bashir, um dos negociadores.

O governo de Seul anunciou que a liberação dos reféns não é iminente.

- Esperamos que o Talibã liberte os reféns o mais rapidamente possível, mas não nos parece que isso ocorra entre hoje e amanhã - disse um oficial sul-coreano, que pediu para não ser identificado.

Ainda não foi esclarecido se a Coréia aceitará trocar algum dos oito prisioneiros talibãs, conforme exigência da milícia afegã.

Os sul-coreanos foram seqüestrados na região de Ghazni há três semanas. Eles fazem parte de um grupo de missionários cristãos. Dois deles foram mortos depois que o governo da Coréia do Sul afirmou que não libertaria os talibãs presos. Segundo Bashir, disse que os 21 reféns - entre eles 18 mulheres - estão bem.

Neste sábado, o governador de Ghazni, Merajuddin Pattan, disse que um segundo dia de negociações já estaria previsto:

- As conversas vão continuar. Não chegamos a qualquer resultado ainda.

O governo sul-coreano enfrenta enorme pressão interna para conseguir que os reféns sejam libertados em segurança. Mas o governo oficial do Afeganistão e de outros países, como os Estados Unidos, temem que a troca de prisioneiros incentive novos seqüestro. Por isso, o governo afegão ameaçou rejeitar qualquer proposta de troca de presos e ameaçou liberar os missionários reféns a força, se for necessário.

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