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O terremoto que atingiu diversas cidades do Peru e que pôde ser sentido no Chile, Equador e Brasil, na noite de quarta-feira, foi devastador devido à sua superficialidade e proximidade da margem continental, explicou o técnico em sismologia do Instituto de Astronomia Geofísica da USP José Roberto Barbosa.

Segundo ele, o tremor foi um dos diversos que atingem o país todos os ano. No entanto, ele aconteceu a 47 quilômetros de profundidade e a 160 quilômetros da capital Lima.

- Quanto mais magnitude, mais superficial e mais próximo da margem continental, mais estragos acontecerão. O epicentro dele estava no oceano, mas muito perto do continente - explicou Barbosa.

De acordo com o técnico, os terremotos ocorrem nas fronteiras entre placas tectônicas - nesse caso as placas Sul-americana e Nazca. Quando as placas deslizam umas pelas outras ou colidem uma tensão é liberada, provocando os terremotos.

- É como se esfregasse duas pedras e depois de um tempo o atrito provocasse faísca. Com as placas é a mesma coisa. E essa liberação dessa energia ou tensão provoca tremores em diversos locais.

As ondas superficiais transversais liberadas após o deslizamento das placas caminham até perderem força. E é por isso, segundo ele, que locais como o um bairro de Manus, e países como o Chile e Equador sentiram um pequeno tremor.

- As pessoas de Manaus que sentiram o terremoto devem viver em prédios altos, pois a estrutura foi mexida. E quanto mais alto, maior a sensação do terremoto.

Barbosa diz que magnitude do terremoto de quarta-feira está em torno de 8 graus na escala Richter, o que é considerado um abalo forte.

- A escala não tem limite, mas os maiores terremotos da História são os do Chile, em 1960 que atingiu 9.5 na escala de Richter seguido pelo da Indonésia em 2004 que atingiu 9.3 na mesma escala - completou ele.

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