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O engenheiro elétrico Emílio Hoffmann Gomes Neto é dos que apostam na energia do hidrogênio. Gomes atua na empresa curitibana Brasil H2, que promove palestras em escolas de ensino fundamental e médio e incentiva pesquisas envolvendo o uso do hidrogênio. "Nas palestras, trabalhamos com a questão geopolítica, que envolve os conflitos pelo petróleo."

Gomes comenta que há planos de se criar em Curitiba um espaço dedicado à tecnologia do hidrogênio, unindo várias áreas do conhecimento.

O Brasil é um dos países com maior potencial para produzir H2 a partir de etanol, biodiesel, biogás e em hidrelétricas por processos de eletrólise, diz Gomes. "Em todo o mundo, o H2 é subutilizado para geração de energia. Não existe indústria e parcerias internacionais para criar infra-estrutura". Gomes explica que os custos ainda são altos, o quilograma de H2 (que equivale a quase 4 litros de gasolina) é vendido entre US$ 5 e 10. Para ser viável precisaria custar US$ 2. "O Brasil pode se aproximar desta realidade, mas não temos mercado para carros movidos a H2. Porém é mais fácil criar o mercado do que os recursos naturais".

O carro movido a hidrogênio não polui: só expele vapor d'água. Há perspectivas de que alguns países passem a utilizar essa tecnologia a partir de 2010, aponta Gomes.

Grandes empresas do setor automotivo, como Honda, General Motors e Toyota estão com seus projetos de motor elétrico movido a H2 em fase pré-comercial, diz.

O ideal é que o Brasil monte um roteiro para a política brasileira de hidrogênio, com informações para investidores e que fique mais próximo de uma regulamentação para o setor. "A Califórnia, nos EUA, por exemplo, obteve avanços no uso dessa forma de energia movida pela necessidade de combater a poluição, que chega a níveis extremos", diz. (KC)

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