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A Corte Suprema do Irã ignorou ontem apelos de defensores dos direitos humanos e atendeu ao pedido do Ministério Público para que a iraniana Sakineh Ashtiani seja executada.

Em uma aparente tentativa de aplacar as críticas internacionais, Teerã mudou o teor da principal acusação contra Sakineh - de adultério para assassinato. O tribunal definirá na próxima semana se ela será enforcada ou apedrejada. Não cabe recurso.

O diretor de Assuntos Políticos Internacionais da chancelaria iraniana, Gholan Dehghani, deixou clara a posição de Teerã: "Ela (Sakineh) é uma criminosa. E esse caso não é político, é criminoso", disse. "A história foi apresentado como sendo de adultério. Mas isso é uma forma de enganar a opinião pública mundial. Essa mulher é acusada de assassinato e muitas coisas mais terríveis que eu não tenho nem coragem de descrever."

Na terça-feira, o Irã afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva só se ofereceu para receber Sakineh no Brasil porque não tinha informações sobre o caso. Grupos de direitos humanos alegam que a acusação de assassinato foi retomada para amenizar as críticas internacionais, uma vez que países como os Estados Unidos também preveem a pena capital para homicidas.

"Há dois dias voltaram a usar esse argumento para justificar sua execução", disse Mina Ahadi, ativista que vive refugiada na Alemanha e trabalha no apoio a Sakineh.

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