• Carregando...

Laboratório analisa vestígios de sangue

Londres – Um laboratório britânico examinará os supostos rastros de sangue achados no apartamento de Praia da Luz, no sul de Portugal, onde a menina Madeleine McCann desapareceu no dia 3 de maio. A prova foi achada por um cão treinado, levado a Portugal por detetives britânicos, durante uma busca no apartamento onde a família McCann passava férias.

Segundo a rede pública britânica, a mostra foi levada a um laboratório de Birmingham, no centro da Inglaterra, para estabelecer se efetivamente se trata de sangue. Se a suspeita for confirmada, a mostra será submetida a um exame de DNA para verificar se ela foi deixada pela menina.

Na Bélgica, a polícia divulgou que as amostras de DNA recolhidas de um canudo e uma garrafa que, segundo uma testemunha, teriam sido usados por uma menina parecida com Madeleine McCann, não são da britânica.

O DNA é de um indivíduo do sexo masculino, afirmou a Procuradoria de Tongres (leste da Bélgica), lembrando que esta descoberta não significa que a polícia belga tenha abandonado a pista de que Madeleine apareceu num restaurante perto de Tongres.

Os agentes ainda buscam o veículo no qual um homem de cerca de 40 anos, uma mulher aparentando 25 anos e uma menina parecida com Madeleine chegaram e saíram do restaurante onde a testemunha os viu, no dia em 28 de julho. O casal estava em um carro preto da marca Volvo com placa belga, que começava com as letras VUV.

Casal McCann tem "encontro de rotina" com a polícia

São Paulo – Os pais da menina britânica Madeleine McCann, de 4 anos, estiveram reunidos por quase uma hora ontem com a polícia em Portimão, no sul de Portugal, para discutir o desenvolvimento do caso, disse David Hughes, porta-voz da família, por telefone à Associated Press. "Foi um encontro de rotina, igual a muitos outros que tiveram antes, nos quais a polícia os informou dos novos detalhes da investigação", disse Hughes. "Não houve nada fora do comum."

Amigos dos pais de Madeleine também voltarão a ser inquiridos no Departamento de Investigação Criminal de Portimão (DIC) da Polícia Judiciária (PJ) de Portugal.

Lisboa – O jornal português Diário de Notícias voltou na sua edição de ontem a sustentar a afirmação de que a polícia do país acredita que a menina inglesa Madeleine McCann, desaparecida no último dia 3 de maio, está morta. Reportagem do jornalista José Manuel Oliveira afirma que a polícia chegou a essa conclusão graças ao monitoramento de telefonemas e e-mails trocados entre os pais da menina de 4 anos, Gerry e Kate McCan, e seu "núcleo familiar".

O casal McCann, que em maio passava férias num resort na Praia da Luz, região portuguesa do Algarve, conta que saiu no dia 3 para jantar em um restaurante próximo, deixando Madeleine dormindo no apartamento, com seus dois irmãos de 2 anos de idade. Quando voltaram do jantar, a menina não estava lá.

O mesmo Oliveira publicou matéria na terça-feira afirmando, com base em "fonte ligada ao processo" de investigação do sumiço da menina inglesa, que a polícia portuguesa já sabe que Madeleine morreu no apartamento. Mais, os pais da menina seriam suspeitos, dado que sua morte poderia ter sido conseqüência de negligência deles ou mesmo um homicídio.

O jornalista português não revela, em seus textos, quem é sua fonte. Na reportagem de ontem ele também não cita o conteúdo dos supostos e-mails e telefonemas monitorados pela polícia – que não se pronunciou sobre as histórias do Diário de Notícias.

Oficialmente, a hipótese de seqüestro não está descartada nem pelos investigadores portugueses nem pelos britânicos, que os ajudam na apuração.

Pais furiosos

De acordo com o tablóide inglês The Sun, Gerry e Kate McCann estão "furiosos por alguns jornais portugueses terem insinuado que eles ou os seus companheiros de férias no complexo de férias da praia da Luz possam estar por trás do desaparecimento da criança em maio".

Segundo outro jornal britânico, o Daily Mail, Gerry estava "tremendo de raiva" antes da entrevista que o casal concedeu às televisões britânicas na terça-feira à tarde, e onde reiterou a convicção de que a filha foi retirada do apartamento com vida.

"Kate e eu acreditamos fortemente que Madeleine estava viva quando foi levada do apartamento. Obviamente, o que não sabemos é o que aconteceu depois, quem a levou e por que motivo", afirmou o médico aos jornalistas.

"Kate e Gerry estão conscientes de que estas notícias insinuam que eles – deliberadamente ou por acidente – mataram a Madeleine, ou que um dos seus amigos próximos seria responsável", disse uma fonte próxima da família à imprensa britânica. "Gerry está absolutamente lívido com tudo isto", afirmou a fonte.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]